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Modernismo ou falso perfeccionismo


 Modernismo ou falso perfeccionismo - Gente de Opinião

JUVENIL COELHO

Por mais que  não queiramos admitir, estamos de vez vivenciando  o mundo do faz de contas, das enganações, da degenerativa  violação  de todas as coisas. Da descartabilidade das amizades e do companheirismo,  do imediatismo e da  corrida emergencial aos interesses iminentes pecuniários. Como espelho refletor deste descalabro, basta nos atermos a principio as disseminações estapafúrdias,  das  organizações não governamentais , e também  das  industrias, se possamos dizer, pseudo progressistas, de materiais obsoletos  do livre mercado. Contudo  nas áreas do  conhecimento como  das  artes,  não é diferente, nos remetendo ao  consumismo inveterado, de bugigangas abomináveis,  a se ter a noção exata de que o mundo virou  sim, de ponta cabeça. Na verdade  o homem moderno decidiu priorizar  as potencialidades  somente em termos quantitativos, em detrimento das ações qualitativas, na justificativa furada de querer  lucrar mais , em menor tempo e espaço. Em  miúdos isto  vale dizer que estamos trocando  o  bonito  pelo feio,  o certo pelo errado ou ainda, que resolvemos não valorizar mais  o trabalho honesto, os princípios éticos  e morais e muito menos  as doutrinas e preceitos que regem a pura dignidade.

Mas  enfim  optamos  preferencialmente  por concentrarmos esforços nesta tese, sobre as   coisas mais concretas, em  vista de serem mais visíveis, aos olhos dos inescrupulosos. A exemplo no campo  da construção civil, da arquitetura da escultura  ou mesmo das artes modernas , deixamos de primar pela sustentabilidade razoável. Pecamos na seleção das nossas boas musicas, que deveriam nos servir somente para alimentar nossa alma, hoje optamos  pela  busca diabólica dos  gêneros que só   nos incitam aos  trejeitos sexuais . No esporte pagamos caro para sermos deveras manipulados no dia a dia, o recente escândalo da FIFA, fala  por todos os demais , que nem merecem aqui maior deferência.  Por conta desta falta de apreço pelas requintadas preciosidades, sumiram  até as expoentes obras contemporâneas, por conseguinte , os baluartes atores, mestres e maestros perderam suas identidade. Embora tenhamos que respeitar  a história, em suas determinadas épocas e momentos, o que se ver como decorrência é um mundo sem controle, países e estados economicamente quebrados.

A  crescente busca  pelas riquezas  ilícitas ou mesmo das drogas pelos nossos jovens como soluções paliativas, sucumbe  com todos os bons predicados  abençoados pelo criador.  Sem duvidas  motivado por uma pitada de saudosismo nos ressentimos  da perda de nossos  eternos lideres. Daqueles que se perpetuaram na fama, seja na pintura, no cinema ,nos esportes, em especial no futebol, que sempre foi nossa coqueluche. Assim querer culpar a um ou a outro pelas mazelas não traz solução, até porque depois que o carnavalesco Joãozinho Trinta, arrasou na marques de Sapucaí com o enredo  e tema  o luxo do lixo, não temos muito o que esperar em termos  de  reabilitação social.

Na prática  está havendo uma verdadeira deturpação  dos valores e das boas essências, não só nas artes plásticas, mas em todos os setores, na maioria das vezes incentivado pelos deploráveis jogo da mídia extravagante. Influencia a parte, ou não,  o certo  é que diante deste medíocre comportamento nos vimos obrigados  a engolir as fictícias obras  do executivo público, feitas de tapumes , pedras de sabonete, ou mesmo de lamas asfálticas , a exemplo  dos   grotescos pavimentos  cascas de ovos,  que  mesclam nossas ruas e avenidas. Ou que sejam conjuntos habitacionais cobertos de lonas reciclada , ou ainda , embelezamento de nossas praças, com ornamentos e adornos natalinos,  manufaturados  de  garrafas pets descartáveis . Em meio a tantas filuras e aberrações pelo menos duas classes de profissionais  se dão ao luxo  de estarem em alta nas suas presumidas atividades. No que pese  serem motivadas pela crescente  expectativa da média de vida,  de nossa espécie humana. São eles os cirurgiões plásticos faciais e os operadores  dos  institutos de beleza, que  transformam de forma milagrosa  os velho s, homens e mulheres  em novas pessoas, em rostos sem rugas e nem marcas do passado.

Dando longevidade e beleza aos mais vaidosos. Lamentável que dentro da  mesma propositura  a equipe econômica do governo federal não encontre meios para  burlar  o rombo da previdência social,  orçado para atingir cifras exorbitantes nas  próximas décadas  com pagamento de aposentadorias e benefícios, também  segundo eles. Causados  pela mesma expectativa de vida. Será que vamos ter que apelar  outra vez para o santo milagreiro, São  Expedito, Ou o ministro da fazenda, Dr. LEVY, vai salvar a pátria amada.

O autor é jornalista e  diretor do Instituto PHOENIX de pesquisa descritiva.

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