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Júlio Olivar, o secretário 'seletivo'....


Júlio Olivar, o secretário 'seletivo'.... - Gente de Opinião
As ações da Secretaria de Educação do estado são completamente contrárias ao que prega Confúcio Moura em seus discursos, pois os absurdos cometidos são alarmantes e vão deixar uma marca negativa profunda na sonhada qualidade de ensino. Tudo por conta de ter no setor a interferência de gente que nada entende do assunto.

Sempre que usa os microfones em solenidades preparadas para enaltecer seu governo, Confúcio Moura fala da qualidade do ensino, dos índices de avaliação da educação, da construção de escolas, do “ensino médio inovador” e outras coisas... Tudo discurso vazio!

Na prática, trouxe para Rondônia Mangabeira Unger para dar as cartas na educação, colocou na Secretaria de Educação Júlio Olivar, fechou várias representações de ensino sem consultar as pessoas envolvidas diretamente na educação, mantém até os dias atuais diversas escolas sem professores de Matemática, História, Química, Física e outras ciências sem as quais a qualidade do ensino jamais será aquela dos discursos.

O último emprego de Mangabeira Unger no serviço público foi quando Lula arrumou uma sinecura para ele na Secretaria de Assuntos da Vida Alheia. Isso mesmo! Mangabeira envolveu-se naquela grande confusão noticiada no Brasil inteiro, sobre a confecção de dossiês contra adversários políticos do governo da época. A turma de Mangabeira foi apelidada de ALOPRADOS, para designar as pessoas que passam dos limites e praticam atos pouco ortodoxos e avessos à ética, à moral e aos bons costumes. Caso este senhor entendesse alguma coisa de educação, não prestaria serviços em nosso estado; estaria nas grandes instituições de ensino do país. E Mangabeira não veio sozinho. Indicou para Confúcio uma amiga sua, que também nunca tinha vindo ao estado, mas que tem opinião determinante sobre os destinos da educação que Confúcio prometeu priorizar. O curioso é que o governo parece ter vergonha de mostrar essas pessoas, pois elas agem sempre nos bastidores. Por que será? Quanto ganham essas pessoas que vieram de tão longe?

Para titular da SEDUC, o governador nomeou Júlio Olivar, um secretário sem nenhuma formação na área da educação e que não conhece absolutamente nada sobre o tema. Por isso usa o cargo apenas para satisfazer seu ego e ostentar as vaidades. Quando age, geralmente faz coisas equivocadas, como o “teste seletivo” realizado recentemente. Na “seleção” feita pela SEDUC de Júlio Olivar e Mangabeira, os profissionais graduados em áreas específicas perderam para os pedagogos: professores de História, Geografia e outras ciências não foram selecionados, enquanto as pessoas formadas em Pedagogia irão ocupar suas vagas. Ninguém entende isso! Os pedagogos têm muito valor, mas não terão bons resultados dando aulas sobre temas nos quais não possuem formação. E não vale o argumento fajuto de que “dominam” o assunto... Quem tem formação pode ser melhor aproveitado. Nada justifica esse tipo de improviso. Que “seleção” é essa? Quais os critérios adotados para deixar de fora os graduados nas áreas específicas e colocar pedagogos? Que qualidade teremos com isso? Isso é tratar a educação como prioridade?

Diante da “seleção” de Júlio Olivar, os alunos das escolas estaduais serão enganados, com aulas superficiais e de baixa qualidade. Esta forma de contratar professores não é de quem queria priorizar a educação, além de ferir os princípios constitucionais de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. “Selecionar” pedagogos para cobrir as vagas de profissionais de áreas específicas não é coisa séria. Os pedagogos devem ser contratados sim, mas não para estas funções. E que os profissionais da pedagogia não interpretem mal a avaliação que faço. As escolas necessitam, e muito, da ação dos pedagogos, porém é necessário que sejam contratados para a função que eles têm, não para tratar de assuntos que outros profissionais possuem muito mais conhecimento e habilidade. Do mesmo modo, sou contrário à contratação de pessoas formadas em Letras, como eu, para serem supervisores ou orientadores. Quem se forma em Pedagogia conhece muito mais a supervisão do que as pessoas formadas em Letras, História, Química...

Vale ressaltar que há vários meses que a SEDUC planeja fazer o “teste seletivo”, daí porque os erros se caracterizam muito mais como má fé ou falta de zelo com a coisa pública e com o direito à educação de nossas crianças, jovens e adultos. Duvido que Júlio Olivar contrataria pedagogos para darem aulas de História, Matemática, Geografia e outras matérias, se fosse dono de uma escola... Mas a coisa pública pode ser bagunçada, improvisada e não precisa primar pela qualidade...

Confúcio Moura precisa, urgentemente, informar seu secretário de educação sobre o que significa o vocábulo “SELETIVO”, sob pena de ver a educação despencar em todos os índices de avaliação da educação, durante seu governo, justamente num governo que prometeu tratar com prioridade a educação... É uma pena!!

FRANCISCO XAVIER GOMES
Professor da Rede Estadual

 

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