Sexta-feira, 9 de maio de 2025 - 13h55
O jornalista e crítico
social norte-americano Henry Louis
Mencken, afirmou certa vez que “todo ser humano decente devia se
envergonhar do governo que tem”. Já se passou mais de um século
dessa afirmação e mesmo hoje em dia, mais do que nunca, essa veracidade é
observada normalmente em quase todos os governos espalhados pelo mundo. No
Brasil, a vergonha que grande parte de nossos cidadãos eleitores têm de seus
governantes vem desde a época da Colônia, passando pelo Império e, claro, até
na República. Óbvio que existem eleitores que endeusam seus representantes, mas
apenas por que têm a certeza de que terão algum benefício depois. Na última
eleição presidencial, por exemplo, milhões de brasileiros votaram em dois “caras”
cheios de defeitos e de erros, mas que para o eleitor comum eles significavam
um tipo de reencarnação de Deus.
Lula, ex-presidiário e envolvido em inúmeros
casos de maracutaias, de propinas e de corrupção explícita, estava preso em
Curitiba já havia quase dois anos. Mas saiu da cadeia direto para o Palácio do
Planalto. E pior: para nos governar. É o nosso atual presidente, pois recebeu
mais de 60 milhões de votos dos seus eleitores que, juntos ao seu “herói”,
comemoraram a vitória efusivamente. Os únicos que se envergonham de Luiz Inácio
Lula da Silva são os seus opositores, que votaram na outra triste e vergonhosa
opção: Jair Messias Bolsonaro. Como cada eleição é uma espécie de “leilão
antecipado de bens roubados da própria população”, durante a fatídica
presidência de Bolsonaro lhe apelidaram de “Mito”. E sem
nenhuma vergonha na cara, muitos de seus aduladores nem desconfiaram de que “um
bom político é algo tão impensável quanto um ladrão honesto”.
Em Brasília, ainda fazem parte do
governo federal o Poder Legislativo com a Câmara Federal e o Senado, que
dispensam quaisquer comentários otimistas, e o Poder Judiciário com o STF,
Supremo Tribunal Federal, e muitos outros órgãos, que nem é bom tecer qualquer
opinião a respeito deles. Dessa maneira, não há como um cidadão honrado e
cumpridor de suas obrigações não se sentir envergonhado pelo governo que tem.
Em Rondônia, uma província pobre, atrasada e incivilizada do país, a situação
tende a ser muito pior. E de fato é. O atual governador de
Rondônia é um coronel da PM. Seguidor e admirador do “Mito”,
que será preso pela tentativa de dar um golpe, ele tem uma administração pífia
que é um fracasso só. Prometeu construir um novo hospital de pronto-socorro para
a capital e fracassou redondamente. Era o “Built to Suit”,
que deu em nada.
Porém, muitos rondonienses não se envergonham desse coronel. Pelo contrário: prometem que vão elegê-lo para qualquer cargo depois que ele deixar de ser governador. Realmente, “a democracia é a crença patética na sabedoria da ignorância individual. Uma espécie de adoração de lobos famintos por burros”. Em Rondônia existem também a Assembleia Legislativa e alguns tribunais do Judiciário que fazem parte do governo provincial. Será que alguém não se envergonha do que têm feito os deputados estaduais de Rondônia? Em Porto Velho, a suja e fedorenta capital, o governo é o prefeito junto à Câmara de Vereadores. Léo Moraes se elegeu, mas usa de forma vergonhosa a internet e a mídia para fazer propaganda de si mesmo. Já muitos dos vereadores só envergonham o tosco eleitorado. Estou envergonhado, pois “se um político soubesse que havia canibais entre seus eleitores, lhes prometia missionários, como padres e pastores, para o jantar”
*Foi Professor em
Porto Velho.
(LEIA: https://blogdotionaza.blogspot.com/)
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