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Fim de governo; Redobrar os cuidados - Por Confúcio Moura



Eu já assisti a muitos finais de governo. Bem avaliado e mal avaliado. No quesito avaliação, não faz muita diferença. É a fase mais perigosa de um governante. Prefeito e Governador.

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Acho que também Presidente da República. Tudo vai mudando suavemente. O que estou falando aqui, acontece e aconteceu com presidentes e governadores. Com JK foi gravíssimo. Tantos outros que foram derrubados do poder e exilados. Teixeirão – nem com ele tiveram piedade. Não conseguiu passar o cargo e nem fazer o discurso de despedida. Vaias.

Não se deve esperar louros em final de governo. Se é que há louros e glórias para um governante, eles virão com o tempo e se vierem.  O tempo vai colocando as coisas nos devidos lugares.

Quando chegar no mês de outubro deste ano, os pré-candidatos a governadores já se aparecem. Desta data em diante, do outubro, começa um movimento silencioso dentro do governo. Cada servidor de carreira, já fica de olho no seu provável e futuro governador. O “comissionado” CDS, já vai estirando o olho para um lado e para outro, com o objetivo de se manter no cargo.

Maioria, faz corpo mole, fica igual pêndulo de relógio de parede – para um lado e para outro. Procurando agradar a todos. E o Governo vai ficando só. Além do mais, vai correndo no silêncio das coisas, aquele sentimento, horroroso, mas, ainda não de tudo eliminado, que é o de querer aproveitar a oportunidade, para tirar vantagens.

É aí que terei, junto com o grupo de Pit Bull do governo, porque sempre tem alguns que ficam rosnando em seus cantos, segurando o patrimônio e a imagem do governador. E eu preciso de muitos Pit Bulls.

Quando chegar o mês de janeiro de 2018, inicia um movimento de vazamentos e denúncias, dados do governo e outras informações. Coisa que o camarada já devia ter resolvido, mas, para desmoralizar quem quer que seja, fica para o final. É o ódio acumulado. O complexo de vira-lata que fica para o final. A mesquinhez impatriótica que fica para o momento final.

E no mais é a solidão do cargo. Final de governo,  nem adianta esperar, é a solidão mesmo.

Daí pra frente é cuidar de arrumar a casa, a contabilidade, fechar os relatórios de exercícios, não abrir a mão pra nada. Não inventar obra nova. Nem fazer grandes compras. Segurar a ganância dos candidatos que querem engolir o governo. Querem o governo na rua, fazendo campanha loucamente, desvairadamente, irresponsavelmente. Segurar. Fazer cara de Pit Bull.

É o conhecido “fechado para balanço”. E as entregas de governo, até o último dia.

Eu sou bem consciente de tudo isto, já espero que aconteça, ficarei satisfeito com os verdadeiros amigos, que serão poucos, contados nos dedos, e clamar aos céus para que possa entregar o governo, em melhores condições do que recebi. E Rondônia galopante e com crescimento firme. É isto aí camarada.

E sempre observando – porque o diabo mora ao lado.

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