Domingo, 3 de julho de 2016 - 16h24
Professor Nazareno*
A política do pão e circo do Brasil sempre funcionou muitíssimo bem para a alegria dos governantes. Quando o ex-presidente Lula e o PT inventaram de trazer as Olimpíadas para o Rio de Janeiro sabiam que uma multidão de otários e incautos espalhada pelo país ficaria extasiada com as tolices inventadas sob medida para entorpecer os mais idiotas e portadores do senso comum. A adoração quase divina que fizeram da tocha, por exemplo, foi algo inimaginável. Muitos trouxas chegaram a falar que aquilo era um patrimônio cultural do povo brasileiro. Terminada a euforia inicial da passagem do “monstrengo amaldiçoado”, eis que os cidadãos são agraciados em várias partes do país com as festas juninas e as suas manifestações estúpidas. Campina Grande e Caruaru no seco, atrasado e pobre Nordeste são o carro-chefe para a feliz matutada.
Para não ficar de fora do absurdo circo alienante, Rondônia também tem as suas festas juninas. Aqui, por não ter cultura própria e nem um único resquício de criatividade, tudo é copiado (e mal) de outras regiões do país. Mesmo com uma crise econômica terrível que insiste em não terminar, a brincadeira de imitar capiaus leva muitos ao delírio e a exploração corre solta. O horror em Porto Velho começa em junho mesmo com um tal “Flor do Cacto” na zona sul da cidade. Sem uma única árvore de cacto nas redondezas, o exótico arraial deslumbra a todos. O outro espetáculo de estupidez é o conhecido “Flor do Maracujá”, que nunca teve data nem local definido para acontecer. Este ano de 2016 será no final de julho e começo de agosto. Na “capital das sentinelas avançadas” os roceiros se divertem em festas “julinas” e “agostinas”.
Em qualquer data ou local, ir a um destes espetáculos de Porto Velho é uma das coisas mais sinistras e bizarras que podem acontecer a um cidadão civilizado. A falta de higiene e os preços altíssimos desencorajam qualquer um. Isso sem falar na violência característica destas aglomerações humanas do Brasil. A variedade de gororoba servida a preços europeus é um acinte para um país que parece viver eternamente em crise. Fosse uma Oktoberfest, ainda dava para se aceitar alguns desmandos... Que lembranças boas se leva de um arraial realizado geralmente no meio da poeira asfixiante onde quase sempre se fica exposto a todo tipo de violência e as comidas ruins e “crocantes” são vendidas a peso de ouro? Pior: Porto Velho não é Parintins e muito menos Campina Grande, logo não oferece um bom espetáculo para quem se aventura a este “turismo”.
Outra incoerência destes “ajuntamentos de gente” são os trajes. Todos dizem estar se vestindo de matutos e caipiras quando na verdade estão apenas copiando a realidade de uma cidade sem moda onde ninguém se veste bem. Somos todos matutos no dia-a-dia e fingimos não perceber a nossa breguice explícita. Brinca-se também de bois-bumbás e quadrilhas nas quentes e empoeiradas noites. Tem a quadrilha da Câmara de Vereadores, a quadrilha da Assembleia Legislativa e várias outras quadrilhas. Muitas repartições públicas também têm a sua quadrilha. Engraçado é que todas elas dizem só imitar a ficção. Até nas escolas existem os famosos arraiais. A desgraça é tão importante por aqui que é ensinada desde cedo aos futuros cidadãos. Cada escola, claro, chega a ter orgulhosamente várias quadrilhas também. Asma, rinite alérgica e dor de estômago são as consequências de um “folclore” que sequer devia existir. Mas o povo vive sem circo?
*É Professor em Porto Velho.
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