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Exageros à parte, doutor!


Valdemir Caldas - Gente de Opinião
Valdemir Caldas

Perdoe-me o distinto advogado, por quem tenho profundo respeito e admiração, mas não sei qual o conceito de democracia que o senhor abraça, a ponto de dizer que a presença do senhor Flávio Dino no Supremo Tribunal Federal (STF) fortaleceria o regime democrático, contudo, considero sua opinião.  

Eu, porém, não chegaria a tanto. E, por motivos óbvios. Basta ver as notícias que correm nas redes sociais. O senhor Flávio Dino pode até possuir as condições para o cargo de ministro do STF, como notório saber jurídico (uma vez que exerceu a magistratura e, como se sabe, não se chega ao posto de juiz por acaso), idoneidade ilibada, entre outras qualidades, mas alcá-lo ao panteão de paladino da democracia, soa exagero.

Evidente que o nome do senhor Flávio Dino será avalizado pelo plenário da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, responsável pela sabatina e aprovação de indicados pelo presidente da República para ocupar uma vaga no STF. Afinal, a maioria dos nossos representantes no Congresso Nacional não resistem a uma teta. Prova disso é que, dias atrás, um deles conseguiu acomodar um de seus apaniguados na estrutura de poder e, de quebra, já adiantou que vai votar favorável à indicação do senhor Flávio Dino. Supressa? Nenhuma! É assim que funciona a politica no Brasil.

Ao desavisado, pode até parecer que eu tenho algo contra o senhor Flávio Dino. De jeito nenhum. Respeito-o como ser humano e importante autoridade da República, apenas não concordo com alguns de seus posicionamentos, uma condição legítima de quem vive em um país democrático, certo? Agora, com ou sem o senhor Dino na suprema corte o Brasil e a democracia vão continuar sobrevivendo.  

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