Quinta-feira, 19 de janeiro de 2023 - 11h50

A polarização político-eleitoral,
que tantos males traz ao desenvolvimento nacional, é uma consequência da
nefasta desigualdade social existente em nosso país. Essa desigualdade pode ser
percebida em cada grupo ou setor social que se encastelou em bolhas ideológicas
incomunicáveis, formadas a partir de diferentes conjunturas e percepções da
realidade de cada um.
Condições materiais extremamente distintas levam a incomunicáveis
torres de marfim habitadas por setores sociais cada vez mais apartados uns dos
outros: é o tecido social que se esgarça, o diálogo que se rompe, e realidades
diversas são ignoradas.
Com grupos incomunicáveis, a representação política, que deveria
ser democrática, e, portanto, deveria contar com a participação de todos, se
torna exclusiva dos setores sociais que possuem influência política. Dessa
forma, grupos politicamente dominantes predam os recursos públicos, instituindo
políticas públicas exclusivistas e ineficientes, geradoras de privilégios,
desvios e deturpadoras das prioridades sociais. Esse mecanismo excludente
determina a menor transparência das relações políticas, impulsionando a corrupção.
A desigualdade social leva à políticas públicas corruptas e
excludentes. Nascidas no seio da desigualdade social, políticas públicas
exclusivistas promovem ainda maior exclusão de setores populacionais já
historicamente excluídos, marginalizados ou precariamente incluídos.
Ora, políticas públicas que privilegiam injustamente certos grupos
dominantes em detrimento de outros geram sentimentos e ações de ressentimento e
revanchismo por parte daqueles excluídos. Onde deveria haver uma relação social
de cooperação, vicejam os males da competição destrutiva. Onde os valores do
progresso e da inclusão deveriam florescer, a reação à exclusão é a tônica.
A desigualdade social gera a polarização política que, por sua
vez, determina estruturas sociais excludentes que realimentam a desigualdade!
Para que a polarização política seja minimizada, faz-se urgente
reduzir ao máximo as desigualdades sociais por meio de políticas públicas
inclusivas, que ajudem na construção de estruturas sociais sustentáveis,
emancipatórias e justas. Dessa maneira, será possível concretizar e aprofundar
os Direitos Humanos: cada indivíduo e a coletividade poderão contar com a efetiva
e real igualdade de oportunidades!
*André Naves é Defensor Público Federal, especialista em Direitos
Humanos e Inclusão Social; Mestre em Economia Política.
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