Sexta-feira, 29 de março de 2024 - 12h39

Infelizmente, mais
uma vez precisamos falar sobre isso. Perceber um jogador de futebol, estrela de
um dos maiores times do mundo, em uma coletiva, chorar pelo fato de ter de se
defender e justificar sobre o racismo vivenciado, dói.
O choro pode ser
julgado ainda assim, levando em consideração o fato de ser um homem negro e
questionarem: “Ué, mas ele sempre ‘bate de frente’ no campo e até levanta o
punho cerrado. Agora, ele está chorando?”
Sim! Estar no front
e lutando frente a tantas violências que oprimem e violentam é dolorido. Ou
será que pessoas negras não podem ter emoções? Ou será que não podem se
expressar? Possivelmente, ambos os casos.
Quais são os
posicionamentos que se tem? Não se tem. Será que existe uma normalização nisso
tudo? Interessante dizer que se caso a pessoa reaja e fale algo, ela pode ser
entendida como alguém que é arrogante, violenta ou “raivosa”.
Caso chore, a
pessoa é considerada fraca. Os julgamentos sempre colocam a pessoa nos
extremos. Ou se inferioriza ou se percebe como uma pessoa muito ruim.
O racismo adoece e
muito. Lutar o tempo todo contra algo que impacta a sua existência. O quanto
que adoece a cada um de nós. Para a população negra é sobre lutar pela
existência e contra o processo de opressão e violência.
Mas, caso a pessoa
fale e diga com todas as letras que aquilo é racismo, logo somos taxados como
militantes e raivosos. Para estereótipos que associam pessoas negras ao papel
de desumanos serve, não é?
O fato aqui é que o
racismo desumaniza, como Frantz Fanon e Abdias Nascimento nos trazem
perfeitamente em páginas dos livros “Pele Negra, máscaras brancas” e “O
genocídio do Negro Brasileiro. Processo de um racismo mascarado” que, por
vezes, precisamos parar e respirar.
Quando abordamos o
assunto racismo e saúde mental da população negra, percebemos o quanto o
adoecer dessas pessoas ainda é invalidado e ainda pouco abordado.
Isso gera na pessoa
diversas marcas, como, por exemplo, o sentimento de não pertencimento;
defectividade, que é a sensação de ser defeituoso; desejo de se isolar
socialmente; processo ansiogênico, a ansiedade que causa desconforto físico e
psíquico, e o silenciamento.
A escritora
Conceição Evaristo nos traz uma reflexão com relação à luta que é bastante
pertinente para o caso: “eles combinaram de nos matar, mas a gente combinamos
de não morrer”.
(*) Psicóloga
Clínica, Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental, Formação em Terapia
do Esquema, Estudiosa em relações raciais e saúde mental negra, Palestrante,
MBA em Gestão de Pessoas, Coordenadora editorial e autora.
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