Quinta-feira, 25 de setembro de 2025 - 17h22

Existe
uma crença no mercado — muito difundida através de cursos, palestras e
workshops — de que todo e qualquer empresário quer (e pode) alcançar seus
‘muitos milhões’ e comandar equipes com mais de 100 colaboradores. Promessas
vendidas com entusiasmo, quase sempre embaladas por discursos sobre mentalidade
de crescimento, escalabilidade e cases de sucesso meteóricos. E isso, induz
muitos empresários a seguirem um caminho cada vez mais comum — e perigoso: o da
sobrecarga, do esgotamento e da frustração, mesmo com negócios que
aparentemente vão bem.
Após
atender inúmeros empresários e organizações, percebi algo que raramente é
discutido com a mesma ênfase: muitos desses empresários, especialmente os que
estão na faixa dos 50 anos ou mais, não estão mais sonhando com crescimento
desenfreado e estruturas megalomaníacas. E não porque perderam o ‘espírito
empreendedor’, mas porque suas prioridades mudaram.
Calma,
antes que essa introdução soe como um convite ao comodismo — ou até mesmo a
desistir da leitura —, vale explicar melhor. Sim, todo empresário quer ter
lucro, retorno pelo esforço e bons colaboradores ao seu lado. Mas existe algo
que vem antes disso tudo, e que muitas vezes está completamente fora do radar
das consultorias tradicionais: o eixo psicológico. Em termos mais diretos e
coloquiais: ter a cabeça no lugar.
O
que muitos desses empresários realmente desejam hoje é paz psicológica,
relacionamentos saudáveis e retorno financeiro que não custe sua saúde ou seu
tempo de vida. Por mais que tenham energia e paixão pelo que fazem, a verdade é
que, com o tempo, o corpo e a mente pedem ajustes. As demandas que antes eram
estimulantes, hoje se tornam desgastantes. Muitas das situações que o faziam
ter paciência lá atrás revelam a falta dela nos dias de hoje.
E
aqui está o ponto central: não adianta investir em finanças, processos ou
marketing se o próprio empresário está desorganizado por dentro. Você pode até
aumentar as vendas, mas sem processos eficientes e uma mente estruturada, isso
só gera mais estresse. Pior: há um risco real de entrar em um ciclo vicioso de
sobrecarga, que mina a energia e afasta o empresário daquilo que mais importa.
Como
mostram tradições como a medicina ayurvédica, os quatro pilares da saúde
integral — sono, alimentação, exercício e silêncio — são sistematicamente
negligenciados pelos empresários que vivem sob pressão constante. Dormem mal,
se alimentam de qualquer jeito, não têm momentos reais de descanso mental e seguem
acumulando pequenas urgências que jamais se encerram.
Neste
cenário, esperar que a empresa funcione com excelência é uma ilusão. E a
solução não está apenas em técnicas de produtividade ou novas ferramentas de
gestão, mas em um reposicionamento radical: olhar para si mesmo como o primeiro
sistema que precisa ser equilibrado.
O
marketing, por exemplo, pode até gerar demanda — mas se não houver estrutura
interna, isso vira mais peso. Os processos podem estar desenhados — mas sem
energia e clareza para executá-los, eles viram burocracia. As finanças podem
até estar no azul — mas se o empresário está emocionalmente no vermelho, não há
número que resolva.
Por
isso, o eixo psicológico não é um luxo, é pré-requisito. Antes de ser
empresário, você é ser humano. E ser humano exige manutenção. Cuidar do corpo,
da mente e das emoções não é um capricho moderno, mas uma medida de gestão
empresarial séria.
Se
quisermos construir empresas saudáveis e duradouras, precisamos começar por
dentro.
*Luis Amorim
é CEO e fundador do Grupo Apolo, consultor de negócios com atuação em mais de
300 projetos comerciais, mentor de empresários e autor do livro "Guia do
Empresário Profissional". Site: https://luisamorim.com.br/
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