Sexta-feira, 26 de junho de 2020 - 13h25

Há uma expressão inglesa
horrorosa que se tornou muito popular, Lockdown, que significa confinamento ou
fechamento do comércio, confinamento das pessoas, restrição ao direito de ir e
vir, que passou a ser utilizado no combate ao coronavírus. É, de fato, a
proibição total de deslocamentos pelas ruas, da abertura do comércio, um
atentado contra direitos fundamentais humanos, como a de liberdade, de livre
arbítrio, da livre circulação, inclusive inscritos na constituição. É certo optar pelo lockdown quando, na fase
inicial do vírus, quando ainda se pode impedir sua propagação, mas, como se
sabe, o vírus é rápido. Depois que se espalha confinar as pessoas implica em
muito mais contaminação. Nova York está aí para provar. Quem não pensa assim é
o prefeito de Porto Velho, que, num voluntarismo incompreensível, invés de
consultar a sociedade, deseja impor sua opinião que, convenhamos, parece ser,
no momento, uma opção na contramão do bom senso. O argumento do prefeito é o de
que os casos de coronavírus tiveram um sensível aumento nos últimos tempos. Não
se pode negar que sim, porém, isto faz parte do ciclo do vírus. Agora o que vai
adiantar, quando o vírus se propagou, um isolamento total por 14 dias? Para
adequar o sistema de saúde não serve, pois, se, com 90 dias de paralisação não
se obtiveram resultados, não serão mais duas semanas que farão diferença. E o isolamento
total pouca diferença faz, pois, apenas aumenta em 3% as pessoas que,
realmente, ficarão em casa. O correto, como dizem os especialistas, é proteger
os grupos de riscos, mapear os casos e iniciar o protocolo, com uso de diversos
medicamentos, desde os primeiros sintomas. Todavia, o prefeito deveria
explicar, lockdown para quê se a maioria da população anda cansada de ficar em
casa, de não ter uma vida normal e, muitos, mesmo com as medidas proibitivas,
não perdem a ocasião de fazer festas e reuniões sociais privadas, de se
deslocar em bandos de 10 ou 15 para igarapés? Lockdown para quê se grupos dre jovens debocham do isolamento social e fazem festas
com nomes alusivos ao coronavírus e ao comportamento totalitarista de nossas
autoridades? Para quê se seu filho no fim de semana foge para ver os amigos ou
a namorada e pode estar levando o vírus para dentro da sua casa. Sim, eu sou contra o lockdown porque ele
somente terá o efeito de sacrificar os micros e pequenos empresários, de judiar
de trabalhadores, autonômos e informais, dos que precisam trabalhar para
sobreviver. Sou sim a favor da vida e ser a favor da vida é fazer a economia
girar. Não deixar que as pessoas passem fome nas suas casas. Sou sim a favor da
saúde mental dos empresários, dos taxistas, dos motoristas de aplicativos,
vendedores ambulantes, ou não, dos
trabalhadores que estão perdendo seus empregos. Que fique em casa quem puder. Faça
isolamento social aqueles que podem. Que se faça as compras de forma objetiva e
rápida e se volte para casa com todos os cuidados do protocolo de segurança
recomendados. O vírus somente pode ser enfrentado com apoio da população, com conscientização.
A maior ameaça neste momento é exagerar
na dose. Os antigo dizem que tudo demais é veneno. Até mesmo água. Imagine
lockdown!
Domingo, 16 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)
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