Terça-feira, 13 de abril de 2021 - 14h42
Estudei
em Israel em 1969, portanto, apenas dois anos após a chamada Guerra dos Seis Dias;
Israel como nação soberana foi instituída em 1948 em memorável Assembleia da
ONU, presidida pelo diplomata Osvaldo Aranha, daí o respeito e admiração expendidos
em todas as ocasiões ao povo brasileiro pelo israelenses, senti isso lá.
Após a
sua delimitação e sua instalação a Autoridade de Israel sempre foi questionada
pelas populações árabe e mulçumana. Sempre teve de se preocupar com a segurança
interna de seu povo e com a manutenção das conflituosas fronteiras.
A partir
de 1948 e com a oficialização da criação do Estado de Israel, judeus do mundo
todo (inclusive do Brasil) acorreram àquele novo país com o objetivo de ali se
estabelecerem e terem condições de viverem uma nova vida com horizontes mais definidos
e terem um pouco de paz e sossego.
As
autoridades israelenses tinham como fundamental encontrarem opções para
acomodar toda essa gente.
Assim conceberam
várias alternativas com essa finalidade, e uma delas foram os assentamentos
rurais nas planícies e nos desertos.
Na
concepção inicial, esses assentamentos tinham três funções principais: destinar
espaços para acolher e assentar as populações que ali chegavam do mundo todo; propiciar
a produção de alimentos; e o principal, que era o de ocupar aquelas fronteiras
e aqueles vazios com pessoas que além de produzirem alimentos pudessem
funcionar como bastiões avançados nos postos de segurança nas fronteiras recém
estabelecidas.
Assim é
que implantaram vários kibutz, assentamentos rurais, onde as terras continuavam
pertencendo ao Estado e a convivência entre os participantes se fizesse em
forma de “cooperativa” onde ninguém de per si era dono de nada, mas todos se
beneficiavam dos resultados econômicos e sociais obtidos, através também, do
trabalho coletivo.
Esses
kibutz responderam significativamente com o abastecimento e com a alimentação
de Israel, bem como permitiram o estabelecimento pleno da autonomia sobre aquelas
terras e fronteiras sempre contestadas pelos vizinhos árabes e mulçumanos.
O kibutz
pode ser considerado o melhor exemplo de convivência coletiva, produtiva e
pacífica entre pessoas (homens e mulheres) do mundo todo.
Bem
diferente da balbúrdia generalizada que imperava nos povoados árabes e
muçulmanos vizinhos.
Em
Israel, à mercê dessas dificuldades iniciais, tinha uma vontade e uma férrea
disciplina de seu povo a aposta certa para se estabelecer como Nação autônoma,
soberana e progressista em meio àquele caos generalizado que até hoje impera no
Oriente Próximo.
E nesse
particular o kibutz teve papel preponderante!
Visitei
alguns deles, inclusive um de predominância de judeus egressos do Brasil.
Esses
kibutz se desenvolveram de tal sorte, que uma boa parte deles, tornaram-se
verdadeiros núcleos onde se processaram as melhores experiências de produção
agrícola de que se tem notícias até hoje, em regime comunitário!
Foram e
são pioneiros em várias tecnologias de produção de alimentos e hoje sobram
excedentes que exportam, principalmente, para a Europa!
Ji-Paraná,
abril de 2021.
Assis
Canuto
O que faz uma cidade ser boa para se viver?
A qualidade de vida em uma cidade depende de diversos fatores que influenciam o dia a dia de seus habitantes. Infraestrutura, segurança, transporte
A transação do comércio eletrônico como realidade cotidiana nas relações de consumo trouxe benefícios evidentes para o mercado e para os consumidore
A responsabilidade pela saúde em Rondônia
No centro do debate aberto nas últimas semanas, estão a saúde da população e a responsabilidade no uso dos recursos públicos. Em lados opostos, se c
Programa nuclear brasileiro: “pau que nasce torto, morre torto”!
Diante do momento atual – em que se discute a retomada da construção de Angra 3 (paralisada há quase 40 anos), abrindo a porteira para um amplo prog