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Crônica

Uma má escolha poderá matar você


Uma má escolha poderá matar você - Gente de Opinião

Na condição de paciente, e tendo corrido o risco de morrer face a uma má escolha que fiz, resolvi advertir as pessoas sobre os cuidados que precisam ter ao escolher o médico e o hospital que devem procurar para serem tratadas. Isso, claro, se tiverem a sorte de não precisar cair num hospital público que não tenha qualidade ou mesmo num particular nessa mesma condição.

 

1.              Procure se informar sobre os médicos da cidade onde você vive. De preferência, obter essas informações com algum amigo seu que foi tratado por aquele que você pretende procurar.

2.              É importante ter determinados médicos em vista antes de precisar deles, posto que, em necessidades urgentes, não dá tempo de escolher corretamente o profissional.

3.              É prudente ter um médico de sua confiança, tipo médico da família, para pedir sugestão sobre o profissional que vai assisti-lo.

4.              Confirme se o médico é realmente especialista no que diz que é. Em caso de dúvida, o Conselho Regional de Medicina poderá ajudá-lo nesse sentido.

5.              Caso conheça algum profissional de enfermagem que trabalha no hospital onde o médico atua, eles geralmente são uma fonte de informação certa sobre os médicos da equipe.

6.              Quando o médico é cirurgião, o equipe de enfermagem do centro cirúrgico é a melhor fonte.

7.              Cuidado com médicos que atuam ou indicam hospitais de má qualidade, como são aqueles que não observam as normas de proteção ao paciente. O cirurgião pode estar fazendo a indicação  por interesse pecuniário pessoal.

8.              Jamais se submeta a cirurgias de pequeno ou médico portes em hospitais sem Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), visto que, se você tiver alguma complicação grave, pode não dar tempo de ser transferido para um onde haja esse serviço.

9.              É importante que a UTI do hospital seja coordenada por especialista em tratamento intensivo de larga experiência, e que possua uma equipe médica e demais profissionais da saúde qualificada para esse tipo de atendimento.

10.           A UTI precisa ter os equipamentos necessários para atender pacientes de alto risco.

11.           Além de UTI, o hospital precisar dispor os outros serviços de suporte a paciente graves, tais como laboratório, exames por imagem etc.

12.          O hospital precisa ser certificado pela Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), que comprova que a unidade observa todas as normas reguladores de funcionamento de hospitais.

Parecem ser muitas as exigências para que se possa confiar num médico e num hospital para nos atender. Mas todas elas são necessárias. Por eu não tem atentado para isso, quase perco a vida quando fui operado da vesícula que, por displicência minha, não foi retirada no tempo certo e acabou apodrecendo, causando-me uma infecção generalizada. Como na clínica onde fui operado não havia UTI, precisei ser transferido às pressas para um hospital que dispunha de tipo de atendimento. Escapei por pouco.

Aproveito a oportunidade para pedir que a Agevisa e o Conselho Regional de Medicina que fiscalizem essas clínicas onde médicos irresponsáveis insistem em operar seus pacientes, mesmo sabendo de todos os riscos, inclusive do risco de morte, que os expõem. 

 

*Professor aposentado

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