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Crônica

Amor na guerra


Amor na guerra - Gente de Opinião

Do outro lado do mundo as armas soam na escuridão. O amor ameaçado em sua ternura tenta refugiar-se para não morrer. Atordoado ele balbucia palavras soltas e desconexas. Persegue uma luz. Onde ela o levaria? Encontraria o amor um aconchego para acomodar-se? Eu o vi de braços abertos em busca de corações leves para fazer morada. Bateu muito em várias portas, mas elas estavam enlouquecidas na correria pelo viver mais e possuir. Pediu sorrisos, sorveu lágrimas, fez cantiga de ninar. Fechou os olhos dos que partiram, viu murchar flores e sentiu o soprar benfazejo da vida. Ah!! O amor!! Deitou-se agora sem medo. Abriu os olhos e contou centenas de estrelas brilhando nos céus. Os tanques de guerra foram se transformando em constelações; as dores da alma eram estrelas cadentes cheias de desejos e sonhos;  a morte era uma passagem para continuar a viver. O amor suspirou tão profundamente que esvaiu-se e misturou-se ao vento. Se tranformou em neve, em mãos estendidas, em sol, em vento,  agasalho, sopa quente, em ciranda. O amor já não estava mais só,  nem atordoado, nem na escuridão. Ele havia encontrado diversas moradas e foi habitar em inúmeros corações. Eu creio que ele invadiu minha alma sem nem perguntar. E senti uma saudade indizível, um desejo arrebatador de beijar uma metade que caminha comigo desde longa e infinita data. Amor fica em mim, implorei. Deixa que eu te leve para não mais te deixar. Viaja comigo, me queira, me toque. Pacifica meu ser. Ressuscita-me! Entao, ele aconchegou-me em minha alma. Agora caminha comigo e o vejo por aí distribuindo esperanças, sonhos e luz. Ah! O amor!!!

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