Quinta-feira, 20 de junho de 2024 - 10h17
Com o surgimento da
puberdade e o início da adolescência, tudo fica diferente nos filhos. Isso vai
muito além da fisionomia, altura e a voz. Até a maneira de pensar e agir mudam
completamente. Como os pais podem entender essas transformações de humor e sentimentos?
Por exemplo, o
filme Divertida Mente 2, produzido pela Pixar, apresenta de maneira lúdica
essas alterações na vida dos jovens. A continuidade do desenho mostra a
personagem Riley, agora adolescente, vivenciando diferentes sentimentos. Por
exemplo, a famosa “sala de controle” também conta com diferentes emoções com
uma valência que anteriormente não eram tão percebidas pela personagem.
A ansiedade, a
inveja, o tédio e a vergonha se juntam aos companheiros alegria, tristeza,
raiva e nojo. Aumentando o repertório emocional da adolescente.
O filme pode ajudar
os pais a entenderem a importância de compreender as mudanças nos jovens. Isso
também faz refletir sobre os adultos que precisam entrar em contato com suas
emoções, além de entender que todas elas fazem parte da vida de cada um de nós.
Por exemplo, a
adolescência é marcada por muitas cobranças e julgamentos. Geralmente, nessa
fase da vida ouve-se muito: “você já tem tantos anos, se comporte como uma
pessoa de sua idade” ou “Pare de agir como adulto [ou criança]”. São as frases
clássicas ditas por mais e outros adultos presentes na vida dos adolescentes.
Vale lembrar que os
adolescentes estão em uma fase em que as pessoas acreditam que apenas seja a
problemática. Na verdade, estão descobrindo e fortalecendo seus valores, além
de estarem cheios de criatividade.
A orientação sempre
virá dos adultos. Porém, para além disso, eles continuarão desenvolvendo o seu
treino de habilidades socioemocionais diante de muitos desafios. Em
contrapartida, muitas serão as novidades e as novas preocupações.
A vinda dos novos
personagens/emoções, que chegam para compor o longa-metragem, nos mostra que
sentir emoção não é ruim. A grande questão que se deve levar em conta é sobre
como a valência de cada uma delas impacta nossas vidas. E ainda, como lidamos
quando uma determinada emoção está numa valência alta ou muito baixa?
Outro ponto a se
pensar é sobre o fator inibição emocional. É um comportamento onde a pessoa não
demonstra o que se sente e muito menos se permite sentir. Muitas pessoas
acreditam ser um grande erro demonstrar sentimento e entrar em contato com o
que se sente. É o resultado de acreditar, por quase uma vida inteira, que
sentir emoção é ruim. Quem nunca passou por isso?
A emoção é algo que
todos nós podemos sentir e acolher. Também devemos pensar em como serão nossas
ações e estratégias para lidar com cada uma delas. Isso é uma forma de aprender
a lidar com nosso lado mais vulnerável e com nossos lados mais felizes e mais
sérios (ou adulto).
Portanto, que
possamos lidar de forma mais saudável com o nosso sentir e viver uma vida que
tenha regulação emocional e humanização das nossas vulnerabilidades. Junto
disso, refletir que podemos, de forma coletiva e individual, buscar um caminho
que não seja de julgamentos e culpas.
(*) Psicóloga
Clínica, Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental, Formação em Terapia
do Esquema, Estudiosa em relações raciais e saúde mental negra, Palestrante,
MBA em Gestão de Pessoas, Coordenadora editorial e autora, além de apaixonada
pelo filme Divertida Mente.
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