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Acelerar a velocidade da vacinação é salvar vidas


Acelerar a velocidade da vacinação é salvar vidas - Gente de Opinião

Embora seja uma providência interessante a adotado pela Prefeitura de Porto Velho de adaptar o aplicativo SASI, que já existia no município de Manaus, no Amazonas, e foi reformulado pela equipe da Superintendência Municipal de Tecnologia, Comunicação e Pesquisas (SMTI), o lançamento próximo de um aplicativo, que registra dados da população e facilita o agendamento da vacina, não resolve o verdadeiro problema que é o de que não só na capital como em todo o Estado de Rondônia estamos tendo um processamento da vacinação muito lento. É visível que nos situamos entre os estados com mais baixos índices de imunização do país. Enquanto a média nacional  já atingiu  11,79% de brasileiros imunizados, Rondônia tem 8,34% da sua população vacinada. Estamos na penúltima posição do ranking dos Estados, na frente apenas do Mato Grosso. É uma situação preocupante, pois, conforme uma modelagem matemática, com base nas tendências observadas em dezembro de 2020 (taxa de transmissão e número diário de novos casos –sem considerar a nova variante brasileira), o grupo liderado pelo professor da FM-USP calculou que, se nenhum esforço de vacinação fosse feito no atual contexto, provavelmente ultrapassaria 400 mil óbitos, mas, no longo prazo este número, considerando os padrões mundiais para países em desenvolvimento pode chegar à casa dos 600 mil e não será, como querem fazer crer, nada fora do comum se não houver a aceleração da vacina. Isto porque, para muitos pesquisadores, o Brasil já vive a 3ª onda da covid-19, que teria começado depois do pico de casos observado em janeiro deste ano,o que é coerente com a informação oficial de que cerca de 50% das 4.704 mortes por Covid-19 registradas em Rondônia, desde o começo da pandemia, ocorreram nos dias de 2021, dados  da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

Estas informações devem ligar o alerta vermelho para o Estado de Rondônia na medida em que, por baixo, sem um eficiente campanha de vacinação a previsão é de que poderemos ter mais de 1.800 mortes ainda no ano em curso, na melhor das hipóteses, caso não aconteça a chegada das novas cepas do SARS-CoV-2 a curva epidêmica tornou-se muito mais acentuada. Esta projeção [de mortes até 31 de dezembro de 2021 em um cenário sem vacinação].  Considerando o atual contexto, Massad calcula que devem morrer mais 100.000 brasileiros até o fim do ano por conta do atraso da vacinação. Se fosse possível antecipar o início da imunização em massa para maio, esse número seria reduzido pela metade, aproximadamente.  É este receio que faz com que a Associação Comercial de Rondônia-ACR monitore, de forma diária, o índice de vacinação contra o Covid-19 e brade por sua aceleração na medida em que entendemos ser esta a principal estratégia para o retorno seguro da normalidade de nossas vidas e de todas as atividades do comércio. A velocidade da vacinação é fundamental e deve ser acelerada. 

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