Quinta-feira, 16 de outubro de 2025 - 14h23
Rede,
rede, rede. Há muito tempo se sabe da importância das redes de apoio para a
saúde mental e o bem-estar de todos nós. Segundo as conclusões daquela longeva
pesquisa de Harvard – que já dura 75 anos –, mais do que dinheiro e fama, felicidade
é se sentir acolhido e pertencente a um grupo social. A partir dessa premissa,
vários quadros clínicos ganham sentido. A depressão, por exemplo, que tem como
um de seus vetores a solidão. Como espantar a solidão? Fazendo parte de grupos
de pessoas com quem possamos expressar nossas alegrias, nossas dores e
compartilhar conquistas, expectativas, sonhos, dúvidas.
A
presença constante de amigos, vizinhos e familiares é um fator protetor
essencial. Conversar, rir, dividir lembranças e até mesmo resolver problemas
cotidianos em boa companhia tem um efeito direto no bem-estar emocional. Ter
com quem contar — para uma consulta médica, um passeio ou apenas um café — faz
diferença concreta na autoestima e na sensação de pertencimento. Especialmente
entre adultos maiores de 60 anos.
Envelhecer
pode ser uma experiência rica em sabedoria, liberdade e novas descobertas. No
entanto, também pode trazer desafios emocionais, para aqueles que não contam
com redes de apoio. No Brasil, mais de 14 milhões de pessoas vivem sozinhas,
segundo dados do IBGE. A porcentagem de domicílios em que vive apenas uma
pessoa deu um salto significativo, passando de 12,20% em 2010 para 18,9% em
2022. Deste total, o maior grupo (28,7%) ainda é o de pessoas com 60 anos ou
mais: cerca de 6 milhões de brasileiros idosos vivem sozinhos. Apenas em São
Paulo somos quase 1,4 milhão.
A
solidão, uma realidade comum nessa faixa etária, tem se tornado um fator de
risco significativo não apenas para a depressão, mas para outras questões de saúde
mental. Estudos mostram que idosos que mantêm vínculos sociais ativos
apresentam menor incidência de depressão, doenças cardíacas e declínio
cognitivo. A interação frequente estimula o cérebro, dá propósito à rotina e
reforça o senso de valor pessoal. Mesmo em tempos digitais, uma chamada de
vídeo ou uma mensagem carinhosa já amenizam o sentimento de isolamento.
É
fundamental que famílias, comunidades e serviços públicos incentivem o
fortalecimento dessas redes. Projetos de convivência, grupos de lazer,
atividades culturais e voluntariado são caminhos eficazes para aproximar as
pessoas 60+ de relações saudáveis e gratificantes. O contato humano ainda é o
melhor remédio contra o abandono emocional.
Por
isso, se você tem um parente, vizinho ou conhecido nessa faixa etária, procure
manter o vínculo vivo. E, se você tem mais de 60, saiba que sua presença
importa — e muito. Criar e manter laços é um ato de cuidado mútuo, e ninguém
deve envelhecer sozinho.
*Denise
Ribeiro é jornalista, escritora premiada, mediadora de conflitos e trabalha em
projetos de ressignificação da maturidade. tualmente integra o 60+EM MOVIMENTO,
um serviço de concièrge para pessoas 60+.
Instagram
@60Movimento
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