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A encruzilhada social de nossos dias


A encruzilhada social de nossos dias  - Gente de Opinião

Este é, sem dúvida, um momento muito difícil para Porto Velho, Rondônia e o País. Em razão da pandemia do Covid-19, de uma forma geral, se adotou, por questões de entendimento das autoridades sanitárias, uma situação de lockdown, palavra da língua inglesa que significa bloqueio, um protocolo de emergência para impedir a circulação de pessoas e a realização de atividades consideradas de risco. Foi uma decisão dos três níveis de poderes, o federal, estadual e municipal, pois, o presidente da república, governadores e prefeitos decretaram estado de calamidade pública. Isto para evitar a disseminação do Coronavírus em nosso país. Medida correta, num primeiro momento, mas, que impediram o funcionamento do comércio, indústria e serviços. No fim, quase todos os estabelecimentos estão com suas operações paradas. Os shopping centers fecharam, os bares, restaurantes, que só podem atuar para entrega, micros e pequenos negócios, até os informais estão sendo impedidos de atuar, com exceção apenas das atividades consideradas essenciais, tais como assistência à saúde, de telecomunicações, comércio de alimentos e bebidas, supermercados, entre outros. Este isolamento social, o tal do lockdown, provocou, um efeito cascata, um efeito colateral, de enorme relevância econômica. Não só dos comércios de portas fechadas, mas, também, entre aquelas pessoas que são autônomos, profissionais liberais, vendedores ambulantes, diaristas, enfim, de todos os que dependem, diariamente, de seu trabalho para colocar comida na sua mesa. Outro impacto relevante provém de que sem faturamento o governo não arrecada e, sem impostos, a situação fiscal e financeira da própria União, estados e municípios se agrava. E todos, quase todos, possuem dívidas e são deficitários. O presidente Bolsonaro analisando a situação, diante da responsabilidade que tem, entendeu que não dá para manter a economia parada. E, como sempre fez abriu o verbo, sem meias palavras, criticando os governadores que agiram com mais dureza. E tendo contra si, como sempre teve, a mídia, dividiu a opinião pública ao fazer, o que é correto. Todos nós empresários sabemos, a necessidade imprescindível de conciliar a saúde e a economia. A questão ganhou as mídias sociais não, como é normal, em volta de argumentos convincentes, mas, de quem gosta, ou não, de Bolsonaro. Não é o caso. Trata-se de um dilema ético. É um conflito entre o universalismo e o utilitarismo. É semelhante à questão entre demitir 100 funcionários para salvar 2.000. Ninguém gosta de demitir, mas, é obrigado a fazer para salvar sua empresa. O utilitarista decide, com rapidez, para salvar a empresa. O universalista fica com a empresa e desemprega todo mundo. É uma decisão difícil, mas, quem dirige um município, um estado, uma nação, neste momento, terá que ser utilitarista em algum momento. É preciso respeitar uma decisão, ainda mais quando envolve vidas, quando envolve questões humanitárias. Não se deve apedrejar ninguém por suas opiniões ou posições, especialmente, quem tem que tomar uma decisão tão complexa e difícil. Ninguém de fato, na encruzilhada que estamos, pode ter certeza nem ser dono da razão. Temos sim que buscar formas de encontrar soluções. E estas, infelizmente, não podem ser a ideal de todo mundo ficar em casa. Há uma grande parte de nossa população que não pode e outra, como policiais, limpeza pública, saúde, informática, transportes, telecomunicações, mídia, que são indispensáveis para que o sistema não entre em colapso. As lideranças sejam políticas, religiosas, sanitárias e jurídicas devem ter muita calma e ponderação. Refletir muito bem sobre o peso de suas palavras e decisões. Não se pode decidir em cima de ser a favor ou não, de qualquer governante, e sim de olhar além do horizonte e tentar medir o preço que nós vamos pagar que, de qualquer jeito, já é muito alto. 

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