Quinta-feira, 5 de março de 2009 - 11h56
Jamyle Vanessa*
Construído ao longo dos séculos, o conceito de democracia racial no Brasil se mostra, na verdade, uma grande mentira. O IBGE mostra isso de forma clara, e em Rondônia não poderia fugir a regra nacional.
Constatou-se que o preconceito está presente em vários aspectos do cotidiano, inclusive na saúde. Ele faz com que um grande número de mulheres negras nunca tenha feito o exame clínico de mama, capaz de identificar o câncer em estágios iniciais. O quantitativo de mulheres brancas que nunca tiveram acesso a essa medida profilática é bem menor.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostra que as desigualdades entre a população brasileira, referenciam questões de raça e gênero e permitem assim identificar uma hierarquia social que coloca os homens brancos no topo, seguidos por mulheres brancas, homens negros e mulheres negras, que sofrem dupla discriminação: de raça e gênero. A mulher negra continua na base desta pirâmide.
No mercado de trabalho, por exemplo, a situação de negros e mulheres brancas em praticamente todos os indicadores analisados piorou embora elas tenham, um ano a mais de estudo do que os homens. Os dados evidenciam ainda a dupla discriminação que atinge as mulheres negras. Vítimas do racismo e do sexismo, elas ocupam os piores postos de trabalho, recebem os menores rendimentos e sofrem com as relações informais (como a falta de carteira assinada).No caso as empregadas domésticas,pescadoras, as mulheres quebradeiras de coco e entre outras que trabalham na ilegalidades, mas que os ajuntamentos de sindicato, associações e cooperativas tragam um pouco de justiça social ao trabalho.
As desigualdades observadas são persistentes em todas as áreas ao longo dos anos e que, apesar do esforço do atual governo em promover a inclusão com a criação de secretarias com status de ministério, por exemplo: mulheres e racial -, as mudanças ainda são muito lentas. O Brasil é racista e o preconceito é velado. As ações de governo para acabar com isso, em forma de políticas públicas, são tímidas perto do que deve ser feito, lamentável e a política, como vem sendo feita no país, não se mostra eficiente para incorporar uma justiça de gênero, raça e classe. Portanto ser mulher é tarefa difícil e ser mulher negra duplamente difícil. Portanto é necessário, que as mulheres e mulheres negras estejam organizadas e lutando por espaços e direitos. É importante, principalmente a articulação de mulheres negras, para reparar alguns dos efeitos da desigualdade de social, raça e gênero, que dificultam que elas exerçam plenamente os seus direitos.
*Militante do Movimento Negro-UNEGRO, em Rondônia
Sexta-feira, 21 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)
No dia 2 de março de 2018, a juíza Inês Moreira da Costa, da 1ª. Vara da Fazenda Pública, determinou que a Câmara Municipal de Porto Velho exonerass

Torturador, estuprador e escravagista. É assim que muitos registros e análises críticas descrevem Zumbi dos Palmares, apesar da tentativa insistente

A Igreja não pode tornar-se um superpartido
A missão da Igreja é transumana transcendente e não pode ser reduzida a mais uma voz no debate partidárioA presença pública de responsáveis eclesiás

Na semana passada, uma vereadora de Porto Velho foi alvo preferencial de críticas ácidas nas redes sociais. Ela teria proposto um projeto de lei res
Sexta-feira, 21 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)