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Artigo: A CHAVE DA LUCRATIVIDADE


 

Faustino  Vicente * 

A Grécia, berço da democracia e dos jogos olímpicos (776 a.C.),tem o seu nome gravado com letras douradas na história da humanidade. Entre os  ingredientes  da receita para os  atletas de alto rendimento destacamos:  intenso condicionamento físico, cuidadosa preparação psicológica, exaustivos treinamentos, hábito  alimentar balanceado e elevada dose de determinação. Entre os campeões, destaca-se o filho do vento, o homem mais veloz da terra. Quatro anos de  muita expectativa para correr (apenas) cem metros em menos de dez segundos. Um  simples deslize e... pronto, tudo estará perdido.

A  olimpíada  guarda intensa  semelhança com a competitividade  no  mundo  dos negócios,podendo  este ser considerado uma  autêntica corrida...sem  linha  de chegada. O tiro de partida da qualidade de produtos, de  serviços e de vida, foi  dado há decadas, porém o maior desafio continua sendo o  salto triplo da produtividade -  fazer cada vez mais,e melhor,com cada vez menos.Menos tudo. O  excesso de burocracia dos  serviços  públicos reina, absoluto, no topo do  pódio da baixa  produtividade, provocando significativa elevação do  Custo  Brasil. A atual crise mundial, o acirramento da concorrência, a perda do poder aquisitivo da massa trabalhadora, o  maior  grau de exigência dos  consumidores e a elevadíssima carga tributária revelam que a qualidade é indispensável, porém torna-se vulnerável quando provoca elevação de preços. Exemplo? O fracassado Concorde,o mais veloz avião comercial do mundo, transformou-se no Titanic dos nossos dias, uma tragédia mercadológica.

 A história da produtividade se confunde com a trajetória da própria humanidade, o que nos leva a crer que ela surgiu quando o homem primitivo deixou de usar (diretamente) o próprio corpo para caçar, fabricando a sua primeira “ferramenta”. Um galho de árvore com uma lasca de pedra amarrada na ponta facilitaria o abate de animais.O arco e a flecha representaram, na época, um  invento de alta  tecnologia. A Bíblia, (Êxodo. 18 – 21 e 22) narra um caso de perda  de produtividade gerencial quando Jetro,sogro de Moisés,apontou alguns procedimentos ineficazes na forma de atender o povo que era conduzido à  Terra  Prometida. “Tu,dentre todo povo,procura homens capazes ,tementes a Deus, homens de verdade,que aborreçam a  avareza: e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem e maiorais de cinquenta e maiorais de dez para que julguem este povo em todo tempo, e seja que todo negócio pequeno eles o julguem: Assim a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarão contigo”.

Moisés pode  ser considerado pai da estrutura organizacional. O surpreendente é  que esse fato ocorreu há,aproximadamente, 3.259 anos. O filme Tempos Modernos (1936), sátira mordaz estrelada pelo genial  Charlie Chaplin, mostra a aplicação dos princípios de administração  científica, obra do engenheiro norte-americano Fredecick Winslow Taylor (1856-1915), e a linha de  montagem do pai da indústria automobilística, Henry Ford (1863-1947). Os ganhos  em produtividade dependem de uma “mega operação capilar” que comprometa, do presidente ao servente da empresa.

O segredo do sucesso de qualquer empreendimento organizacional encontra-se nos seguintes fatores: planejamento estratégico, pesquisas de tendências de mercado, sistema de incentivos motivacionais, foco no foco do cliente, intenso intercâmbio com fornecedores, investimentos em inovações tecnológicas, melhoria contínua do processo, descentralização do poder de decisão e na capacitação continuada das competências dos funcionários. Os profissionais de recursos humanos ganharam uma privilegiada condição estratégica nas organizações. A! Um lembrete: nas crises mundiais as pessoas dividem-se em dois grupos: “ os que choram e os que vendem lenços”.

* Faustino Vicente  - Consultor de  Empresas e de Órgãos Públicos        e-mail:  faustino.vicente@terra.com.br  

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