Segunda-feira, 24 de novembro de 2025 - 08h05

A esperteza dos falsos
políticos do Distrito Federal é notória e preocupante. Essas maritacas parecem
ter esquecido, ou preferem esquecer, das dezenas de escabrosos casos de
corrupção que mancharam Brasília nos últimos anos. Todavia,
aproveitando-se da memória curta da população, esses políticos se reúnem
novamente em bandos, buscando retornar à cena do crime com a mesma audácia e
descaramento de sempre.
Eles ignoram que a capital do país foi marcada por escândalos graves,
como o esquema conhecido como “Mensalão do DEM”, que envolveu propinas a
deputados e governadores. Isso demonstra uma repetição perversa da história,
que alimenta a desconfiança e a frustração do eleitorado local.
Eu pensava que, com o advento da perniciosa conquista da autonomia
política do Distrito Federal, Brasília seria um exemplo de política eficaz e
moralidade pública, um verdadeiro modelo para o país. Ledo engano. Em vez disso,
inúmeros personagens que poderiam prestar relevantes serviços à capital
desistiram da política, frustrados com o ambiente dominado pela frivolidade e
desonestidade.
Assim, as
oportunidades foram tomadas por figuras que não possuem visão gerencial nem
compromisso com o interesse público, perpetuando a má administração e o descaso
com a população. O Distrito Federal, que poderia
ser um orgulho nacional, permanece refém de uma elite política que repete os
mesmos erros, afastando qualquer possibilidade real de transformação para
melhor.
As maritacas no
Distrito Federal, segundo especialistas em ornitologia, apresentam sazonalidade
relacionada ao seu ciclo reprodutivo, que ocorre aproximadamente entre os meses
de novembro a março, período em que os alimentos são mais abundantes,
propiciando o aumento dos bandos dessas aves. Tais
aves, que encantam crianças e idosos, costumam se reunir em grupos maiores
durante a época de fartura, o que pode ser associado à observação popular das
suas "idas e voltas" em busca de alimentos, às vezes causando
transtornos, como danos a plantações.
Comportamento esse que
reflete um padrão natural de aparecimento e desaparecimento durante o ano,
dando a impressão de que "desaparecem" e "reaparecem" em
bando.
Quanto à política no
Distrito Federal, desde a conquista da autonomia política, o cenário tem sido
marcado por diversos casos de corrupção que envolvem figuras políticas
tradicionais, muitas vezes relacionadas pejorativamente como
"maritacas" ou "raposas políticas". Esses
políticos, mesmo após serem afastados e presos por escândalos, frequentemente
tentam retornar à cena política, assim como as maritacas, causando preocupação
entre a população por retomarem práticas que prejudicam a gestão pública e a
confiança nas instituições.
Esses episódios
afetaram a imagem política local e resultaram na prisão de dezenas de
políticos, o que tem sido motivo de vergonha para os cidadãos do Distrito
Federal.
Quando se fala em
maritacas no Centro-Oeste, pode-se imaginar essas aves que retornam em bandos,
mas no cenário político do Distrito Federal as "maritacas" simbolizam
figuras políticas antigas, pálidas e peçonhentas que, apesar dos escândalos de
corrupção que os marcaram no passado recente, articulam um retorno à cena
política.
Este escritor e jurista
tem retratado com preocupação essa realidade, onde há uma ameaça latente de que
essas raposas políticas, desprezando o respeito da população pela capital,
persigam seus interesses escusos e prolonguem o desgaste das instituições
públicas.
É doloroso constatar
que essas figuras não demonstraram o mesmo desprendimento de grandes atletas
que souberam abandonar suas carreiras no auge da fama, preservando suas
reputações e cultuando o respeito do público, como Pelé, Zico, Falcão, Ana
Paula Henkel, Tostão, Ronaldo e tantos outros atletas.
O que se observa, porém, é que os políticos tradicionais no Distrito
Federal parecem preferir apodrecer no poder, ignorando que a época exige
renovação ética, comprometimento com a geração de emprego e renda e
transparência na gestão pública.
Neste
momento em que a democracia se prepara para um novo ciclo eleitoral, a
população do Distrito Federal tem uma oportunidade crucial: dizer não a essas
maritacas e gafanhotos que insistem em impedir o avanço social e político da
capital.
Destarte, torna-se imperioso e urgente dar espaço a novos valores, às
pessoas ilibadas que possam oxigenar a política com ética e compromisso com o
interesse público. O desafio é grande, mas a renovação é essencial para a reconstrução da
confiança e para o fortalecimento das instituições.
O alerta do escritor e
jurista Vasco Vasconcelos é claro: é necessário que o eleitor esteja atento,
vigilante e consciente da escolha, para que o ciclo de corrupção e estagnação
não se repita.
A história recente
mostra que o poder, quando inexpurgado das más práticas, pode ser fonte de
grave prejuízo para a cidadania. Que as eleições de 2026 sejam um marco na
defesa da decência, da honestidade e do progresso no Distrito Federal.
Por fim, que
a política local inspire-se nos exemplos dos grandes atletas que souberam sair
de cena com dignidade e sejam capazes de renovar a esperança da população,
dando espaço para lideranças comprometidas com o futuro, livres das sombras do
passado, capazes de construir uma capital mais justa, próspera e ética.
Este artigo, titulado
"A Volta das Maritacas do Centro-Oeste: Um Alerta para a Política do
Distrito Federal", aborda as preocupações de Vasco Vasconcelos com as
figuras políticas tradicionais que se articulam para retornar ao poder no
Distrito Federal, destacando a necessidade urgente de renovação ética e
respeito ao eleitor brasiliense na
aproximação das eleições de 2026.
Por Vasco Vasconcelos,
escritor, jurista, jornalista, administrador, compositor e abolicionista
contemporâneo
Brasília-DF
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