Sexta-feira, 19 de agosto de 2016 - 06h03
Repercutiu negativamente ao governo do presidente interino Michel Temer (PMDB) a suposta tentativa do ministro de Relações Exteriores do Brasil, José Serra, do PSDB, de propor ações comerciais conjuntas com o Uruguai em troca de que o país estendesse sua presidência rotativa no Mercosul como forma de impedir que o cargo seja assumido pela Venezuela.
O que está em jogo, nesse momento, não é o futuro do Mercosul. O que se discute nesse momento é a forma política de tratar a presidência do Mercosul. Embora a proposta de Serra não tenha sido aceita pelo presidente do Paraguai, Tabaré Vázquez, respigou para o governo Temer a repercussão negativa do Brasil perante o bloco.
Segundo matéria jornalística produzida pelo jornal de economia “Valor Econômico”, Brasil e Paraguai consideram que Caracas está impedida de liderar o bloco por não ter incorporado todo seu acervo normativo, após um encerramento de quatro anos para fazê-lo. O Uruguai, entretanto, entregou a presidência dias depois, deixando-a vaga.
A suposta tentativa de “golpes” patrocinada pelos tucanos nos remete a um fato histórico. Brasil, Paraguai e Argentina formam uma “nova Tríplice Aliança”, como a da Guerra do Paraguai, em que brasileiros, uruguaios e argentinos dizimaram o país vizinho no Século XIX. Esse fato foi muito bem lembrado pela reportagem do Valor Econômico, em sua edição da última terça-feira.
Se for confirmada essa pretensão do ministro José Serra, não será novidade à população brasileira. Está cada vez mais evidente que o estilo do governo do PSDB governar, pelo que se desenha nesse momento, sempre foi no sentido de buscar a união de forças e enfraquecer o adversário. Recentemente o Brasil testemunhou a união de forças entre PMDB e PSDB, afastando Dilma Rousseff do comando da presidência. O ritual parece se repetir na disputa pela presidência do Mercosul.
Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço
O dito acima encaixa-se perfeitamente na moldura do atual governo brasileiro. Aonde quer que vá, onde quer que esteja, o presidente Lula não se cans
A Onda Guerreira Ameaça Dominar os Diferentes Sectores da Sociedade: Um Apelo à Consciência
Kassel: do passado destruído ao presente Belicista Durante a Segunda Guerra Mundial, dois terços da cidade de Kassel, na Alemanha, foram reduzidos
Começou a “guerra dos ricos contra os pobres”
Aproxima-se a eleição presidencial. Motivado pela derrota acachapante que o Congresso impôs ao seu governo durante a votação do IOF, o presidente Lu
Há mais de meio século que o Brasil figura entre as dez maiores economias do mundo. O seu PIB é equivalente hoje ao de países como Itália, Rússia, C