Terça-feira, 29 de junho de 2010 - 14h03
Prof. Sílvio Melo*
Sobre os investimentos do Governo Federal no Estado, a criação e manutenção dos campi do Instituto Federal de Rondônia – IFRO – certamente é o que trará mais benefícios para a sociedade. Os volumosos recursos empregados nas estruturas dos campi visando à formação de mão-de-obra qualificada para o mercado vêm a calhar com o ciclo de desenvolvimento econômico que atualmente alavanca vários setores de produção e serviços gerando emprego e renda para a população das terras do Caiari.
Ademais, o ensino federal ainda tem a primazia de ser por excelência, o mais valorizado, dinâmico, gratuito, reunindo o que de melhor existe em termos de profissionais docentes qualificados para a cátedra. O resultado para quem estuda nesta atual conjuntura será a garantia de emprego num mundo laboral cada vez mais competitivo e sequioso por mentes brilhantes.
Mas, é fundamental que Estados e Municípios façam sua parte e também invistam no ensino fundamental de modo que, jovens aptos ao ingresso nos cursos técnicos do IFRO, concluam seus estudos, apropriando-se do saber historicamente produzido pela sociedade, com amplas chances de concorrer com seus pares da rede privada em condições de igualdade.
Acerca das obrigações supracitadas, bons resultados não dependem tão-somente de investimentos na estrutura física das escolas. A formação contínua e valorização dos professores, os recursos didáticos, a implantação de laboratórios tecnológicos para áreas afins, o incremento de bibliotecas atualizadas são fatores sine qua non para o sucesso do processo de ensino-aprendizagem. Evidente que há uma crise a ser superada: a escassez de profissionais docentes disponíveis no mercado. Nunca imaginei ver tanta demanda por professores de ensino básico, praticamente todos os estados da federação estão realizando concursos públicos para preencher vagas no ensino regular, isso sem contar os municípios que se encontram em semelhante situação. O Brasil agoniza com a falta de bons mestres nos seus quadros funcionais em consequência da profissão não motivar jovens, inexistir perspectivas financeiras na carreira e não ser reconhecida pela sociedade como suprassumo do desenvolvimento social.
Entretanto, contrariando Kafka, existe esperança infinita para nossa gente. No Brasil do século XXI, há muitas chances de mobilidade social através do emprego, à medida que, numa análise evolutiva, os jovens conseguem oportunidades de se formar como mão-de-obra especializada. É neste contexto que se visualiza a importância do IFRO, com seus cursos voltados à realidade do mercado rondoniense oferecendo escolas modernas, estruturas dos campi aptas à pesquisa e ao empreendedorismo, formação nos níveis técnico e superior associados à tecnologia de ponta.
Os estudantes de Rondônia, finalmente terão maior acesso à sonhada educação de qualidade e mais, garantirá ao país a disponibilidade de trabalhadores para setores essenciais de tecnologia, evitando assim, nossa permanência na periferia da contemporaneidade. Assim seja!
*O autor é Historiador formado pela UFRN – E-mail: silviomelon@hotmail.com
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