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2017 ainda não acabou - Por Edson Lustosa


2017 ainda não acabou - Por  Edson Lustosa - Gente de Opinião

Edson Lustosa

Até porque faltam menos de três meses para acabar o prazo para filiação partidária dos que pretendem ser candidatos em 2018, parece que resolveram antecipar o final de 2017. Fala-se já nas eleições como se fosse tudo favas contadas. Mas não é bem assim. Muita água ainda vai rolar. Espera-se que por debaixo da ponte.

Já faz algum tempo que se tornou tradição quem decola na frente ser o último a pousar. Mas ainda assim há quem insista em festejar pesquisas que apontam o candidato de sua preferência como estando em primeiro lugar na preferência do eleitorado. E se o avião cair? Essa é uma pergunta que desde o acidente com Eduardo Campos não pode ser descartada.

No âmbito nacional, nem vale a pena comentar. Até agora só apareceram idiotas e sonsos. No âmbito estadual o quadro é exatamente o inverso: sonsos e idiotas. Onde é que vamos parar? Bem, achar que tudo isso vai parar por si só já é algo que exige uma boa dose de otimismo. E mais otimismo ainda é necessário para achar que vai parar bem.

Para não ficar apontando pessoas como sonsas ou idiotas, não convém falar de pré-candidatos. Falemos de pré-candidaturas, de partidos e coligações. Onde idiotas recebem o apoio de sonsos e sonsos recebem o apoio de idiotas. Basta passar os olhos sobre o noticiário para perceber que é nesse sentido que as forças políticas vêm se aglutinando.

Em que pese suas maiores cidades virem se consolidando social e economicamente como polos universitários, Rondônia se depara com fortes pretensões de candidatura (não confundir com fortes pré-candidaturas) que têm como traço maior o desprezo à escolaridade. É óbvio que alguma coisa está errada, mas a sonseira e a idiotice, quando se unem, não deixam espaço à mínima reflexão inteligente.

A Assembleia Legislativa, que em seus primórdios já foi reduto de agrônomos, médicos, advogados e professores, caminhou ao longo da história em rumo diametralmente oposto. Pior é pensar na possibilidade – ou deparar-se com a pretensão – de que o Poder Executivo seja contaminado mais uma vez por essa tendência neo-pós-apocalíptica.

Ainda bem que 2017 ainda não acabou.

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