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Rondônia pode se tornar livre de aftosa sem vacinação



O Estado de Rondônia, com 11,5 milhões de cabeças de gado, possui o sétimo maior rebanho do País e conseguiu erradicar a febre aftosa com vacinação em 1999. Agora, trabalha para permanecer livre da doença sem a vacianação. O esforço dos 95 mil criadores de gado de Rondônia, em parceria com o governo do Estado, o governo Federal e o Fefa, foi apresentado na última sexta-feira, 17, em seminário da Comissão de Agricultura do Senado, em Ji-Paraná, com transmissão ao vivo pela TV Senado para todo o Brasil.

De acordo com o fiscal federal do Ministério da Agricultura, Fernando Soares Pinto, a educação sanitária e as medidas de controle das fronteiras e do transporte de gado foram fundamentais para assegurar a defesa sanitária do rebanho rondoniense. Ele apresentou um histórico da luta contra a erradicação da febre aftosa no Estado e disse que o grande desafio agora é a manutenção deste sanidade animal e o próximo passo será se tornar livre da febre aftosa sem vacinação. “Para isso temos que consolidar o que conquistamos com a parceria dos governos federal, estadual e municipais, e principalmente dos produtores rurais liderados pelo Fundo de Apoio a Defesa Sanitária Animal do Estado de Rondônia (Fefa)”, frisou o fiscal federal.

Para o senador Acir Gurgacz, presidente da Comissão de Agricultura, a carne é o principal produto de exportação agropecuária de Rondônia e é preciso estar sempre em alerta para que não ocorra nenhum retrocesso na defesa sanitária que prejudique a economia do Estado e do País. “Promovemos este debate para que pecuaristas e agentes de controle sanitário possam solidificar cada vez mais a parceria público/privado existente, para fortalecer ainda mais o agronegócio rondoniense”, frisou o senador.

Para o presidente do Fundo de Apoio a Defesa Sanitária Animal do Estado de Rondônia (Fefa), José Hilgert Vidal, a parceria público/privado que possibilitou a erradicação da febre aftosa em Rondônia é exemplo para o país. “Hoje temos o controle da aftosa por conta desse trabalho em parceria e ela tem que continuar para que possamos nos tornar livre da aftosa sem vacinação”, disse. “Estamos entrando em mercados cada vez mais seletivos e mais exigentes, e precisamos nos preparar para atender esses mercados com a melhor qualidade sanitária possível”, frisou.

Representantes das bancadas Estadual e Federal, do governo do Estado, da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron) e do Fundo Emergencial de Febre Aftosa do Estado de Rondônia (Fefa), além de representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), empresários, produtores e pecuaristas acompanharam os trabalhados da Comissão de Agricultura do Senado.

Participaram ainda do debate o gerente de Sanidade Animal da Agência de Defesa Sanitária Agrossilvopastoril do Estado de Rondônia, Fabiano Alexandre dos Santos; o fiscal federal Agropecuário do Ministério da Agricultura, Jamil Gomes de Sousa; o fiscal federal Agropecuário da Superintendência Federal de Agricultura de Rondônia Fernando Soares Pinto; e o senador Ivo Cassol.

Marco regulatório

Fabiano Alexandre dos Santos, da Idaron, ressaltou que a responsabilidade com a proteção do patrimônio nacional é de todos, objetivo que não será alcançado sem parcerias dos órgãos públicos e o envolvimento da população.

Jamil Gomes de Souza, do Mapa, disse que foi montado um sistema de defesa que pudesse dar respostas ao desafio de erradicar a febre aftosa em Rondônia, compartilhando responsabilidades entre os governos estadual e federal e agregando a iniciativa privada. Ele explicou que o marco regulatório orientador são as regras da Organização Internacional das Epizootias (OIE) e que o instrumento mais importante é a vacina. Jamil espera que até o período entre 2015 e 2020 a febre aftosa esteja erradicada em toda a América do Sul.

“Consideramos que o Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa é exitoso, pois 89% do rebanho brasileiro estão em zona livre de febre aftosa. Falta muito pouco para que a primeira fase esteja conquistada, que é a erradicação total no Brasil. A segunda fase é a montagem de um sistema de prevenção com a participação de toda a sociedade”, salientou Souza.

Fernando Soares Pinto, da Superintendência Federal de Agricultura de Rondônia, reforçou que só a educação sanitária poderá conscientizar o pecuarista para a importância de erradicar a febre aftosa. Ele lembrou que auditoria feita no ano 2000 pelo Ministério da Agricultura constatou que Rondônia havia saído da zona de alto para médio risco em relação à doença.

“Erradicamos a doença em Rondônia. Em maio de 2003, a OIE declarou o estado "zona livre de febre aftosa" - afirmou, informando que 76% do gado abatido no estado é vendido no Centro-Sul brasileiro.

Código Florestal

Referindo-se às posições antagônicas no que diz respeito ao novo Código Florestal Brasileiro, em tramitação no Senado, o presidente da CRA, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), disse que os colonizadores daquela região são os pioneiros que promoveram a integração da Amazônia, não podendo ser penalizados por mudanças na legislação e por novas regras que se distanciaram da realidade brasileira e desrespeitam o direito adquirido.

“Vamos mostrar ao Brasil e ao mundo que é possível modernizar a nossa legislação ambiental ampliando a produtividade, mas com proteção ambiental, ou seja, produzir conservando. Estamos trabalhando para construir um consenso, onde os produtores rurais não sejam prejudicados e consigamos realizar a proteção ambiental necessária para o desenvolvimento sustentável do país”, disse.

Fonte: Ascom Senador Acir
 

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