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Ji-Paraná unida pela preservação do Meio Ambiente


 
Com objetivo de implantação de futuras ações para preservação do meio ambiente e melhoria das condições de trabalho daqueles que sobrevivem catando material reciclável no lixo produzido pela população ji-paranaense, reuniram-se na manhã de hoje (11), na Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente (Semagri), representantes da Prefeitura Municipal, Banco do Brasil e do Juizado Especial Cível e Criminal.

Segundo informações da Juíza Maria Abadia de Castro Mariano Soares Lima, do Juizado Especial Cível e Criminal, essas reuniões, que vêm acontecendo desde o início do ano deverão ter como resultado a criação de meios que equacionem os problemas do lixo urbano. Ainda de acordo com a Juíza, todos os recursos obtidos com as multas resultantes de processos relacionados com o meio ambiente devem ser aplicados na prevenção e, ou, reparação de danos causados ao próprio meio ambiente. Tendo conhecimento dos diversos problemas relacionados à preservação do meio em que vivemos e, com a obrigatoriedade da utilização desses recursos em ações voltadas ao combate destes problemas, observou-se então a necessidade de implantação de projetos nessa área.

“Iniciamos nossos trabalhos com visita ao lixão municipal, onde observamos o que precisa ser adequado. Realizamos levantamento na cidade para saber quais empresas aqui instaladas que realizam trabalho de reciclagem, e de quais materiais. Durante este período fomos ganhando mais simpatizantes com a causa e observamos a necessidade da criação de um plano de ação, que tem que ser muito bem elaborado para que não apliquemos mal os recursos obtidos com essas multas”, explicou a Juíza.

Lixão mais controlado

Segundo a equipe reunida, observou-se no lixão municipal a necessidade da construção de um barracão e da implantação de uma esteira para melhoria da qualidade do trabalho realizado pelos catadores. Segundo levantamentos realizados pela empresa Marquise, responsável pela coleta de lixo em Ji-Paraná, sem a esteira para facilitar a seleção dos materiais recicláveis, apenas 15% deste produto é selecionado. Com a utilização de uma esteira, esse número pode subir para 90% de aproveitamento do material reciclável.

“Com esse maior volume de material reciclável sendo retirado do lixão aumentamos a durabilidade do aterro, passaremos a ter um lixão mais controlado e beneficiamos os catadores de lixo. Também já realizamos uma reunião com esses cidadãos para tentar conscientizá-los da necessidade de se organizarem em cooperativa, o que pode melhorar a qualidade do trabalho, além de poderem realizar o recolhimento do INSS”, explicou Cleuza Aparecida Machado Almeida, representante da Semagri.

Também se detectou que há necessidade que seja construída uma guarita para que não haja invasões ao lixão, garantindo o controle do mesmo.


Retorno das pilhas e baterias

Um importante trabalho de recolhimento de pilhas e baterias que, quando jogadas no lixo comum podem causar graves danos ao meio ambiente, já vem sendo realizado no município, porém são poucas as pessoas que sabem da sua existência.

O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) determina que “as pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, necessárias ao funcionamento de quaisquer tipos de aparelhos, veículos ou sistemas, móveis ou fixos, bem

como os produtos eletro eletrônicos que as contenham integradas em sua estrutura de forma não substituível, após seu esgotamento energético, serão entregues pelos usuários aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada pelas respectivas indústrias, para repasse aos fabricantes ou importadores, para que estes adotem, diretamente ou por meio de terceiros, os procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequada”.

No nosso município já existem diversos pontos de coleta destes materiais, entre eles os supermercados que comercializam esses produtos. Esses metais pesados, chumbo, cádmio e o mercúrio, que são os principais componentes desses objetos, podem trazer danos irreversíveis para o meio ambiente, ao contaminar água, ar e solo. Os metais encontrados nas pilhas e baterias são bioacumulativos, ou seja, não são descartados. Podem prejudicar o homem ao entrar na cadeia alimentar através de frutas, legumes e peixes, que entraram em contato com solo e água contaminados.

Educação e conscientização

Segundo Abadia, um dos maiores desafios da equipe é trabalhar na conscientização da comunidade quanto à necessidade da separação de todos os materiais recicláveis; papéis, plásticos, metais e vidros.

“Pretendemos trabalhar um bairro isoladamente para que haja uma propagação por contágio. Quando o restante da comunidade se der conta dos resultados obtidos com certeza irão querer implantar esse trabalho nos seus bairros. Ainda estamos realizando estudos e discutindo a forma que vamos implantar esses projetos, não há um prazo determinado para tanto”, concluiu.

Também participaram desta reunião o Secretário Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Reinaldo Pereira; o engenheiro da Secretaria de Obras e Serviços Públicos, Almir O’Campos; Josmar José Braghini, do Banco do Brasil; e Daniela Viana da Cruz, do Juizado Especial Cível e Criminal .


Fonte: Ascom
 

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