Terça-feira, 3 de março de 2009 - 06h19
Embora o alerta geral fosse de um aumento ainda maior do nível do rio Machado, o que se viu foi uma redução de mais de meio metro em questão de 48 horas. Comerciantes amargam prejuízos por retirar produtos das lojas.
Daniel Panobianco A enchente que atingiu a região de Ji-Paraná na ultima semana, certamente trouxe prejuízos a muita gente. Casas, lojas e prédios públicos, de um modo geral, foram afetados pela inundação. Até o momento, os dados da COMDEC (Comissão Municipal de Defesa Civil) são de aproximadamente 1500 casas alagadas, 80 pessoas retiradas das áreas de risco (desabrigadas) e mais de 350 que foram para a casa de amigos ou parentes (desalojadas).
Embora a inundação tenha provocado danos consideráveis, com perca de produtos nas lojas pela água e lama, um outro tipo de prejuízo foi acrescentado entre sexta-feira e este domingo.
O alerta foi geral em toda a cidade. Não se ouvia outra coisa a não ser no boletim divulgado pelo SIPAM (Sistema de Proteção da Amazônia) e praticamente escancarado na imprensa local, principalmente a televisiva, que a todo o momento ditava a mesma coisa; Que o rio iria subir mais 60 cm, pois, segundo o SIPAM, a chuva que iria cair nas cabeceiras seria intensa.
Ao contrário desse boletim alarmante, e, diga-se de passagem, com pouco aprofundamento em realidade preparado pelo centro de pesquisas, desde a quarta-feira (25), quando o nível do rio atingiu o limite máximo até então, de 11,45 metros, durante o final de semana as águas baixaram a tal ponto, que os alagamentos antes observados na Vila Jotão, cessaram. O nível do rio ao meio-dia de sábado alcançou 10,90 metros, ou seja, uma significativa redução de 55 centímetros.
Se por um lado a redução do nível do rio foi boa para a população, por outro, o comércio ficou furioso com mais uma informação sem consistência de dados repassada pelo SIPAM. O próprio comandante do Corpo de Bombeiros de Ji-Paraná, em entrevista a um canal de tevê local, informou que a previsão enviada pelo SIPAM era de um aumento de 60 cm no final de semana. Além desse informativo, a mídia eletrônica do Estado foi categórica com a manchete: SIPAM prevê enchente no rio Machado até domingo. Madeira também sobe.
O gerente administrativo de uma concessionária de veículos na Vila Jotão, José Damasceno, disse que os prejuízos com esse alarme falso do SIPAM foram bem maiores do que se o rio realmente tivesse subido. Tiramos todos os carros da revendedora e ainda cancelamos a chegada de mais outros 15 veículos. Muitos que já haviam sido fechados negócio tiveram que aguardar em Cuiabá, pois a mídia a todo instante só falava em subida do rio com o alerta do SIPAM, desabafa.
Outro proprietário de uma farmácia na mesma região, disse que foi enganado pelo boletim exagerado do instituto. Retirei toda a minha mercadoria temendo o então aumento de 60 cm, como falado do SIPAM e ao final perdi foram vendas neste fim de semana, isso é uma vergonha, comenta.
O serviço de táxi da região também foi muito prejudicado. O taxista William Reis, de Rolim de Moura, que faz o trajeto até Ji-Paraná todos os dias, argumenta que a nota divulgada na tevê sobre o agravamento da enchente no final de semana, só gerou prejuízos ao setor. Deixei de levar mais de 10 pessoas a Ji-Paraná no fim de semana, tudo porque só se falava na piora da enchente. Eu próprio vi na tevê a responsável pelo SIPAM dizendo que a situação iria piorar. No final, nem chuva caiu na região, complementa.
Outros tantos comerciantes e pessoas da sociedade que tiveram prejuízos com esse alarme falso da instituição de pesquisas, dizem agora estar totalmente crescentes aos boletins divulgados pelo SIPAM. Estamos falando de dinheiro, de prejuízo, de ausência de trabalho, relata um outro comerciante.
Não é de hoje que boletins que não se confirmaram pelo SIPAM caem na boca do povo em Rondônia. Há aproximadamente dois meses, uma previsão de 200 mm de chuva em Porto Velho em uma semana divulgada em um telejornal da capital, fez com que muitos moradores se preparassem para o pior. Ao final, a semana foi de muito sol e sem chuva na capital Porto Velho.
O último boletim, que já enfrenta controvérsias, é com relação ao atual nível do rio Madeira. Para o SIPAM, a cheia deve ocorrer; Já para a Defesa Civil e Capitania dos Portos, a seca esse ano é a mais cogitada.
Fonte: De olho no tempo
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