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Clima ruim por causa de demissões na Ciretran


Clima ruim por causa de demissões na Ciretran  - Gente de Opinião

FIM DE GOVERNO: CLIMA RUIM POR CAUSA DE DEMISSÕES NA CIRETRAN PIORA COM ABUSOS DE EMPRESA TERCEIRIZADA. 
FAXINEIRAS VÃO PARA O ARQUIVO E TRABALHAM HORAS-EXTRAS SEM RECEBER
 

Carlos Macena

A empresa Maq-Service Construções e Serviços Ltda., de Porto Velho, uma das maiores “terceirizadoras” de serviços para órgãos públicos estaduais, está sendo acusada por funcionários em Vilhena de obrigá-los a fazer horas-extras sem o devido pagamento, de exigir tarefas além de sua capacitação, de permitir que os mesmos passem por desvio de função, além de constrangimento ilegal.

Os abusos começaram antes das eleições, quando eles receberam, encartados em seu contracheque de setembro, “santinhos” de candidatos ligados ao atual grupo político que dirige o estado. “Todos ficamos surpresos ao abrir o envelope e ver os santinhos caírem”, diz a auxiliar de serviços gerais Cleoneide da Silva Costa Filha, que trabalha na empresa desde janeiro. Tanto ela como outros colegas da área de serviços gerais e também de seguranças que trabalham na área externa do prédio receberam os “santinhos”.

A Maq-Service tem contrato com o Detran/RO desde 2004, ano em que recebeu da autarquia R$ 135 mil de um total de R$ 324 mil por ano. Coincidentemente, o dono da empresa Maq-Service, José Miguel Saud Morheb, é irmão do alto funcionário do Detran/RO, José Isaac Saud Morheb, procurador jurídico da autarquia. Em agosto, José Miguel foi detido em Porto Velho por tentativa de adulteração das placas de uma caminhonete Hilux NDR 8008. Por influência do irmão, a ocorrência foi registrada apenas como “comunicação”.

SERVIÇO TEMPORÁRIO - Para atender a conveniências locais, funcionários contratados para serviços de limpeza passaram a atuar no arquivo, com acesso a prontuários e CNHs e históricos de multas.

Segundo o administrador da Ciretran, Pedro Martins Rodrigues, há seis anos no cargo, o trabalho fora de função “foi temporário, feito por homens, apenas para separar os arquivos pertencentes a veículos que já deram baixa da frota”. Ao contrário do que diz o administrador, no entanto, não foram apenas homens, mas também mulheres que trabalharam com a papelada oficial sem ter a qualificação ou a prerrogativa necessárias.

“Temos que vir trabalhar à tarde, para limpar o chão de granilite com apenas uma máquina politriz enviada de Porto Velho, sem receber as horas-extras que nos são devidas”, finaliza a funcionária, que ganha salário-mínimo de R$ 540,00 mais vale-transporte mas custa para o contribuinte um valor entre R$ 1,8 mil e R$ 2,5 mil.

O OUTRO LADO

A gerente da Maq-Service que identificou-se apenas como “Teca” afirma que não são devidas horas-extras porque o contrato permite seis horas corridas ou três horas em turnos sucessivos.

Os funcionários entram às 7h e deveriam, após cumprir duas horas de almoço a partir de meio-dia, trabalhar apenas mais uma hora, mas têm ficado até 16, 16h30, desde a última semana.

Sobre o desvio de função, ela disse ignorar o fato e, sobre os “santinhos”, afirmou que ela mesmo fecha os envelopes mas que os mesmos podem ter sido abertos durante o transporte via malote, jogando a responsabilidade para os funcionários do próprio Detran/RO.

Comunicado do fato, o procurador eleitoral de Vilhena, Elício de Almeida e Souza, afirmou que o caso pode configurar, em tese, abuso de poder econômico, já que a empresa depende diretamente de verbas do governo estadual, mas que o caso teria que ser analisado pela Procuradoria Federal da República na capital.

Apesar de responder a vários processos na Justiça do Trabalho em Rondônia, abertos por ex-funcionários que não receberam direitos trabalhistas, a Maq-Service vai receber R$ 1,896 milhão por 12 meses para limpar o Hospital Estadual de Cacoal, R$ 404,7 mil para o mesmo serviço na Fhemeron, R$ 213,9 mil no Lacen e R$ 66,3 mil no Hospital João Paulo II, além de contratos de reforma e construção de escolas.

Fonte: Carlos Macena

 

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