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Unicef discute boas práticas de incentivo ao esporte


Isabela Vieira
Agência Brasil
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O Unicef discute o papel do esporte no desenvolvimento de
e adolescentes     Tânia Rêgo/Agência Brasil

Para transformar o espírito dos jogos olímpicos em ações de incentivo ao esporte na América Latina e no Caribe, a agência do Fundo das Nações Unidas para a infância (Unicef) reuniu hoje (2) gestores públicos do continente, no Rio de Janeiro. A capital carioca receberá a competição mundial em 2016. Será a primeira vez que a América do Sul sediará uma Olimpíada, e deve aproveitar a oportunidade para deixar um legado, disse o representante da Unicef no Brasil, Gary Stahl.

“Qual será o legado dos mega-eventos esportivos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas? Como as crianças pobres da América Latina e do Caribe vão se beneficiar? Queremos um acordo entre os envolvidos, com levantamento sobre indicadores básicos, como a quantidade de professores com formação em educação física, quantas áreas esportivas existem e são acessíveis. Aí teríamos uma linha de base para ir aferindo quais os benefícios para a infância”, listou.

De acordo com Stahl, o direito ao esporte na infância e na juventude é um dos mais esquecidos. Estamos sempre pensando na sobrevivência, nos direitos mais básicos”, comenta. Para ele, é preciso que organizações da sociedade e governos atuem em conjunto. “O esporte favorece a boa convivência familiar, a resolução de conflitos e a convivência comunitária”, frisou.

A importância de esportes na vida em comunidade também foi apontada pelo pesquisador da Universidade Tübingen, na Alemanha, Tim Pawlowski. Ele comentou dados de pesquisa com centenas de crianças que praticam esportes em grupos, da Alemanha ao Peru. “Percebemos benefícios associados ao esporte. Elas [crianças] confiam mais uma nas outras, em momento de necessidade, quando precisam. É um tipo de capital social”, frisou.

Atento a práticas que não excluam do esporte crianças com deficiência, o presidente do Instituto Rodrigo Mendes acrescentou que práticas esportivas inclusivas dependem mais da sensibilidade de facilitadores do que de governos. Contou sobre uma modalidade recreativa criada por uma criança deficiente, que jogava futebol de joelhos no chão. “As crianças passaram a jogar [de joelhos] mesmo quando o menino não estava presente, o que mostra a adesão”, explicou Rodrigo Mendes, que mantém no site de sua instituição (http://diversa.org.br/) uma plataforma com boas práticas.

Com base em sua experiência como líder comunitário e educador social no Morro dos Prazeres, no Rio, Orlando Dato, contou que começou projetos sociais na comunidade sem nenhum tipo de apoio. Hoje recebe ajuda financeira de parceiros para realizar as atividades e comprar equipamentos, o que demonstra importância do apoio social. Para Dato, o esporte ajuda os jovens a se dedicar a projetos de vida. “Quem não tem medo está propenso a ganhar”, declarou.

Para promover a troca de boas práticas, o Unicef também promoveu a troca de boas práticas entre as cidade que se destacam na promoção ao esporte, caso de Medellín, na Colômbia. O diretor do Instituto de Esportes e Recreação (o equivalente local à Secretaria de Esportes), David Mora Gomes, disse que o foco são ações comunitárias, associativas e estudantis.

“Isso nos permite ter projetos de impacto totalmente gratuitos, como aulas de rumba, exercícios aeróbicos e bailes. Não investimos em competições”, explicou o diretor, e revelou que os  programas do Inder como o Festival de Esportes Urbanos e as escolas populares de esportes desenvolvem práticas para várias idades em complexos esportivos nos bairros.

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