Domingo, 9 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Mundo - Internacional

Unicef: 13 milhões crianças não vão à escola por conflitos



Mais de 13 milhões de crianças deixam de ir à escola no Oriente Médio devido aos conflitos devastadores em vários países da região, informou hoje (3) o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

"O impacto destruidor dos conflitos é sentido pelas crianças de toda a região", resumiu Peter Salama, diretor do Unicef para o Oriente Médio e Norte da África, lamentando "uma situação desastrosa" para toda uma geração.

"Não se trata apenas dos danos materiais nas escolas, mas também o desespero sentido por uma geração de estudantes que vê as suas esperanças e o seu futuro estilhaçados", lamentou, na apresentação de um relatório do fundo.

Estas crianças vivem nos países mais afetados da região, como a Síria, o Iraque, Iêmen, a Líbia, territórios palestinianos e o Sudão, ou estão refugiadas no Líbano, Jordânia e Turquia.

Ao todo, são mais de 13 milhões, ou seja, quatro em cada dez crianças nos países mais afetados por conflitos não vão à escola. O fundo lembra que "há alguns anos [a região] parecia preparada para alcançar o objetivo da educação para todos".

De acordo com o relatório, Mais de 8.850 escolas na Síria, Iraque, Iêmen e Líbia não podem receber alunos por terem sido destruídas ou danificadas, por abrigarem desalojados ou por terem sido ocupados por combatentes.

No Iêmen, algumas escolas foram "transformadas em casernas de rebeldes xiitas, privando os alunos do segundo semestre do ano escolar", disse um professor da capital iemenita, Sanaa. "Carros de combate e unidades da defesa aérea foram colocados nas escolas", afirmou o diretor de uma escola da capital.

Escolas e liceus estão fechados no Iêmen desde março, quando teve início a campanha aérea lançada pela coligação árabe, liderada pela Arábia Saudita, para impedir os xiitas de conquistarem o país.

Na Faixa de Gaza, as crianças usam os estabelecimentos escolares como refúgios porque suas casas foram destruídas no conflito, no verão passado. No Iraque, as escolas servem para acolher três milhões de deslocados internos que a violência obrigou a fugir de casa.

Na Síria, Sudão e Iêmen, assim como em parte da Líbia, os pais deixaram de mandar as crianças à escola por temerem pela sua segurança, diz o Unicef.

Ir à escola é perigoso para muitas crianças, sublinhou o fundo, que registrou 214 ataques contra escolas na região no ano passado. Em Benghazi, segunda maior cidade da Líbia, apenas 65 das 239 escolas existentes continuam abertas.

"Na Síria, o conflito destruiu duas décadas de trabalho para ampliar o acesso à educação", lamentou o Unicef, indicando que mais de 52 mil professores deixaram os cargos. Nos países vizinhos, mais de 700 mil crianças sírias não frequentam a escola, sobretudo na Turquia e no Líbano, onde as salas de aula têm alunos demais e poucos recursos.

O fundo da ONU alerta também para o fato que os conflitos reduziram consideravelmente os meios de subsistência das famílias, levando as crianças a deixarem a escola para trabalharem em condições difíceis e mal remuneradas. As meninas casam, em alguns casos a partir dos 13 anos, para diminuir as despesas da família.

Privados da escola, algumas crianças acabam por integrar, voluntariamente ou não, grupos armados.

A ausência de educação é uma das razões mais frequentemente alegadas por refugiados sírios que viajam à Europa e, por isso, o fundo apelou para um reforço do ensino individual e para a necessidade de se fazer da educação uma das prioridades da ajuda humanitária.

Atualmente, menos de 2% do total dos fundos da ajuda humanitária são destinados à educação.

Gente de OpiniãoDomingo, 9 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Panettone de Chocolate do Brasil é eleito o segundo melhor do mundo em competição internacional na Itália

Panettone de Chocolate do Brasil é eleito o segundo melhor do mundo em competição internacional na Itália

Liderado pelo padeiro cearense da Cheiro do Pão, Brunno Malheiros, o time Squadra Brasile 2025, composto também por Joze Nilson Diniz (SP), Matheus

Escritora Ana Paula Fanz lança livro na Frankfurter Buchmesse 2025

Escritora Ana Paula Fanz lança livro na Frankfurter Buchmesse 2025

A escritora brasileira Ana Paula Fanz, membro da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil, Coordenadoria Rondônia e Membro Correspondente In

 2ª chamada para Chamada Pública da Missão Internacional EXPOCRUZ & EXPOALIMENTARIA 2025 – Bolívia e Peru

2ª chamada para Chamada Pública da Missão Internacional EXPOCRUZ & EXPOALIMENTARIA 2025 – Bolívia e Peru

O Sebrae em Rondônia abre a 2ª chamada para Chamada Pública nº 001/URPVH/2025 para selecionar pequenos negócios rondonienses interessados em partici

Professor Cléber Maurício de Lima, Coordenador do Curso de Música e Chefe do Departamento de Artes, Realiza Missão Oficial na Bolívia ao Instituto Superior de Formação Artística Bellas Artes

Professor Cléber Maurício de Lima, Coordenador do Curso de Música e Chefe do Departamento de Artes, Realiza Missão Oficial na Bolívia ao Instituto Superior de Formação Artística Bellas Artes

Guayaramerín, Bolívia – O Professor Cléber Maurício de Lima, coordenador do Curso de Música da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), participou d

Gente de Opinião Domingo, 9 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)