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Sem frigorífico, pescadores são obrigados a vender pescado para Colômbia



Amanda Mota
Agência Brasil


Brasília - A venda ilegal de pescado para os colombianos é um problema antigo para os pescadores de Tabatinga, na região do Alto Solimões. Em entrevista à Agência Brasil, o pescador Francisco de Castro lamentou a situação, dizendo que, por não terem outras alternativas de renda, esses trabalhadores são obrigados a vender o pescado aos colombianos por preços insatisfatórios. Na Colômbia, esse peixe chega a ser vendido pelo triplo do preço.

"Seria preciso ter aqui um frigorífico ou um grupo comercial maior que comprasse o nosso peixe. A gente quer vender de forma justa e aqui mesmo no Brasil, porque os colombianos acabam fazendo o que eles querem e comprando o peixe ao preço que eles querem”.

Segundo Castro, muito brasileiro fica “na mão deles e devendo muito”. Para receber as dívidas, os colombianos tomam as malhadeiras (redes de pesca) e motores dos pequenos barcos dos pescadores brasileiros .”É o colombiano que controla o pescado".

Segundo o governador do Amazonas, Eduardo Braga, os projetos para o Alto Solimões já estão prontos. Todo planejamento faz parte do Projeto de Desenvolvimento Regional do Estado do Amazonas (Proderam) que será implantado na região.

A liberação dos US$ 35 milhões previstos em acordo firmado com o Banco Mundial lares deve ocorrer até outubro. Com isso, as obras para construção de unidades básicas de saúde, implantação do sistema de saneamento (as cidades da região não dispõem desse tipo de sistema), promoção de atividades produtivas no setor madeireiro, não-madeireiro (extração de óleos e beneficiamento de castanha, por exemplo), e pesqueiro começam no início de 2009.

Também estão previstos a implantação de um programa de capacitação, o aperfeiçoamento da política florestal e a contratação de técnicos que possam contribuir com os projetos produtivos nos municípios.

O presidente do Tibunal de Contas da União, Walcon Rodrigues garantiu total apoio ao projeto e disse que o tribunal acompanhará as ações com a fiscalização dos trabalhos propostos. Do total de investimentos, US$ 10,7 milhões são provenientes do governo do Amazonas.

"As obras no Alto Solimões são de interesse nacional e tratam-se de uma questão estratégica. Vamos acompanhar os trabalhos para que todos os recursos investidos no local sejam aplicados às finalidades a que se destinam", destaca.

O Alto Solimões é composto pelos municípios de Atalaia do Norte, Amaturá, Benjamin Constant, Tabatinga, São Paulo de Olivença, Santo Antônio do Içá, Tonantins, Jutaí e Fonte Boa. Eles ocupam um território equivalente ao somatório as superfícies dos estados do Rio de Janeiro, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Rio Grande do Norte e Distrito Federal.

 

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