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Protestos foram organizados por latifundiários contrários à reforma agrária, diz Morales


 

Vladimir Platonow
Enviado especial
 

 Cochabamba (Bolívia) - O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse hoje (20) que os latifundiários contrários à realização da reforma agrária estiveram por trás dos protestos que paralisaram estradas, danificaram órgãos públicos e afetaram a distribuição de gás, quase levando o país a um conflito generalizado.

"Sei que por trás desses atos conspiradores e sediciosos estão os latifundiários, que especulam com a terra. Há denúncias de que essas terras foram ganhas indevidamente, distribuídas durante a ditadura militar a familiares. Isso tem que terminar, com o voto do povo boliviano", disse Evo, em alusão ao referendo popular que vai estabelecer o tamanho máximo de uma propriedade no país: 5 mil ou 10 mil hectares.

Evo reconheceu que haverá dificuldades e resistência por parte dos latifundiários, mas afirmou que o processo pode correr sem violência, apenas usando as regras da política. "Os latifundiários vão resistir, inclusive usando alguns irmãos camponeses indígenas. Mas isso vai acabar. Temos que fazer política, ou fazer o poder político. Com dinheiro, armas e guerra não há futuro. O melhor é fazer políticas econômicas sobre a distribuição de terras", declarou o presidente boliviano à imprensa, durante um intervalo do terceiro dia de negociações entre governo e governadores de oposição.

A reunião acontece em um hotel na cidade de Cochabamba, com a presença de representações estrangeiras como Organização das Nações Unidas (ONU), União Européia (UE) e Organização dos Estados Americanos (OEA), representada pelo seu secretário-geral, Miguel Insuzia. Também participam, como observadores, membros de sete países da América do Sul, inclusive o Brasil, representado pelo embaixador na Bolívia, Frederico de Araújo, e pelo cônsul em Cochabamba, Álvaro de Oliveira.

Evo agradeceu publicamente a presença desses observadores estrangeiros e disse que ajudariam a sensibilizar a oposição a chegar a um acordo hoje ou, no mais tardar, amanhã (21), já que ele viajará na terça-feira (23) a Nova Iorque para participar da assembléia-geral da ONU. 
 

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