Quinta-feira, 4 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Mundo - Internacional

O ano de 2006 mostrou ao mundo a explosão econômica da Ásia


Agência O Globo TÓQUIO - A Índia mostrou os dentes para a rival China neste ano, com um crescimento de 10%, o que pode alterar as tradicionais hegemonias econômicas na Ásia. O Japão, por sua vez, também parece ter despertado de sua eterna letargia. Essas três economias de características completamente diferentes se encarregaram de lembrar ao mundo que o futuro passa pela Ásia, onde se concentra cerca de 60% da população do planeta. Este ano, foram muitas as atenções dispensadas à Índia e à China, as duas economias emergentes com as maiores taxas de crescimento mundiais e que há tempos deixaram de olhar apenas para si mesmas para se comportarem abertamente como potências políticas e econômicas de pleno direito. Já não são apenas países recptores de investimento por conta de seus baixos custos de produção e mão-de-obra barata. Mas muitos especialistas acreditam que em alguns anos vão compartilhar o papel de grandes motores econômicos mundiais. Agora, as principais empresas da China e da Índia ja fazem grandes negócios nos países considerados ricos. Suas exportações e consumo não deixam de aumentar, absorvem grande parte da energia mundial e mostram seu peso nas negociações internacionais. Frente a uma China consolidada junto aos EUA como locomotiva mundial por seu forte crescimento e consumo, 2006 foi o ano da explosão da Índia, um gigante que gosta de lembrar que com 1,1 bilhão de habitantes é a maior democracia global. Ao longo de 2006, a Índia foi o país da moda, a noiva que todos cortejaram para ter um pedaço do pastel de uma economia que reúne tamanho e capacidade para continuar crescendo. Com todos os seus problemas de atraso de infra-estrutura, burocracia complicada, lenta abertura econômica e estagnação social, a Índia cresceu este ano quase 10% - superada apenas pela China - e se vangloria de oferecer aos investidores o mercado de uma classe média de milhões de pessoas. Além disso, a Índia foi favorecida pelas preferências dos EUA, que quiseram transformá-la em um contrapoder na Ásia frente à ameaça chinesa, que este ano fechou um acordo que permitirá transferir-lhe tecnologia nuclear para uso pacífico. Em qualquer caso, não se pode esquecer a eterna rival China, quarta economia do mundo, que recebeu investimento estrangeiro acumulado de US$ 600 milhões e continua funcionando como um autêntico motor do consumo mundial. O crescimento de seu PIB é desordenado (aumento superior a 11% no segundo semestre), ao ponto de alguns analistas alertarem para o risco de uma desaceleração abrupta, com aumento de 30% nos investimentos e crescimento de 25% nas exportações. Neste contexto de especial ímpeto dos gigantes emergentes, a segunda economia do mundo, Japão, vê as hegemonias da Ásia ameaçadas, embora o país do sol nascente tenha vivido uma especial recuperação. Depois de três anos de recessão e muitos outros de reflexão, o governo nipônico declarou neste ano o fim da estapa de estagnação dos preços, constatando um crescimento econômico mais que saudável de 2% durante o terceiro trimestre. Embora em ritmo menos acelerado que em novembro de 1965 e julho de 1970, a economia japonesa alcançou em novembro seus 58º mês de crescimento ininterrupto, atingindo sua época mais longa de expansão desde a Segunda Guerra Mundial.

Gente de OpiniãoQuinta-feira, 4 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Do Brasil à US Navy: A Epopeia de Graciela Saraiva, 12 Anos Depois

Do Brasil à US Navy: A Epopeia de Graciela Saraiva, 12 Anos Depois

O destino colocou a neta do ex-combatente Capitão, *Jairo de Freitas Saraiva nas fileiras da Marinha dos Estados Unidos. Ela passou a servir justame

Consultora política rondoniense Nani Blanco está entre as 100 mais influentes do mundo, segundo revista americana

Consultora política rondoniense Nani Blanco está entre as 100 mais influentes do mundo, segundo revista americana

A publicitária e estrategista política Nani Blanco, natural de Rondônia e radicada em Brasília, foi reconhecida entre os 100 consultores políticos

Panettone de Chocolate do Brasil é eleito o segundo melhor do mundo em competição internacional na Itália

Panettone de Chocolate do Brasil é eleito o segundo melhor do mundo em competição internacional na Itália

Liderado pelo padeiro cearense da Cheiro do Pão, Brunno Malheiros, o time Squadra Brasile 2025, composto também por Joze Nilson Diniz (SP), Matheus

Escritora Ana Paula Fanz lança livro na Frankfurter Buchmesse 2025

Escritora Ana Paula Fanz lança livro na Frankfurter Buchmesse 2025

A escritora brasileira Ana Paula Fanz, membro da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil, Coordenadoria Rondônia e Membro Correspondente In

Gente de Opinião Quinta-feira, 4 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)