Quinta-feira, 5 de dezembro de 2013 - 22h15
Cristina Indio do Brasil
Agência Brasil
Rio de Janeiro - O apartheid foi destruído por Nelson Mandela. A avaliação é do historiador, escritor e ex-professor de filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Joel Rufino dos Santos, para quem o ex-presidente da África do Sul foi mais que um herói para o país africano. “Mandela foi o maior de todos. Foi ele quem destruiu o apartheid. Ele é um dos melhores homens de toda a humanidade”, disse.
O historiador, que é também doutor em comunicação e cultura, destacou que Mandela não pode ser classificado apenas como um líder para os negros sul-africanos, mas também para os brancos do país, porque lutou por questões além da liberdade. Uma prova disso é que recebeu o Prêmio Nobel da Paz ao lado de Frederik de Klerk que foi o último presidente branco do sistema de segregação racial da África do Sul.
“Ele representou mais. Ele representou uma luta anti-sistêmica mesmo para quem não acredita em uma revolução anticapitalista, mesmo para quem não tenha implantado um sistema socialista”, disse.
Para Joel Rufino, apesar de ter usado armas em determinado momento da luta contra o sistema de segregação racial sul-africano, a atuação de Mandela foi marcada pelo pacifismo. “Quando ele saiu da prisão aceitou a luta pacífica. Ele primeiro foi um pacifista, depois um revolucionário armado e depois novamente um pacifista”, completou declarando que foi assim que conduziu a África do Sul ao se tornar presidente.
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