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Maduro rejeita ataques violentos em Caracas


Leandra Felipe
Agência Brasil/EBC

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rejeitou, na noite dessa quarta-feira (12), os ataques violentos ocorridos em Caracas, a capital. Carros foram incendiados em frente à sede do Ministério Público. Oficialmente, há registros de duas mortes e de 23 feridos, mas os meios de comunicação, nacionais e internacionais, bem como usuários de redes sociais reportavam pelo menos mais uma morte em Chacao, no estado de Miranda, supostamente de um manifestante da oposição, além de mais feridos em diversas regiões. A onda de manifestações, com queima de pneus, se estendeu até tarde e, em algumas cidades, foram feitos "panelaços" em protesto contra o governo de Maduro.

O presidente atribuiu os protestos e manifestações - que chamou de "ataques fascistas" - à oposição, liderada pelo governador do estado de Miranda, Henrique Capriles. "Pequenos grupos fascistas infiltrados na manifestação estudantil da oposição, tentaram tomar a sede do Mistério Público e agreder a fiscal-geral da República [Luisa Ortega Díaz]. O povo venezuelano repudia os atos de violência".

Maduro informou que investigações já estão sendo feitas e que há provas sobre a autoria dos ataques. Segundo ele, o governo já havia avisado, há algumas semanas, sobre um plano para "desestabilizar as comemorações da Batalha da Vitória", que teve o bicentenário celebrado nessa quarta-feira. Ele comparou os atos ao golpe de Estado (frustrado) sofrido por Hugo Chávez.

"Reitero que os autores materiais estão identificados, assim como os mentores intelectuais. Chamo toda a Venezuela para a paz, porque a juventude socialista é maioria no país", declarou em cadeia nacional de rádio e televisão.

Em meio à troca de acusações, os oposicionistas também reagiram e rejeitaram os comentários feitos por Maduro quanto aos ataques ocorridos em meio aos protestos. Em um comunicado, a Mesa da Unidade Democrática (MUD), representação que reune os principais partidos de oposição no país, também rejeitou os ataques e pediu esclarecimentos sobre os acontecimentos.

"Esses atos devem ser totalmente esclarecidos, porque há alguns dias, o governo anunciou que seus partidários iriam enfrentar os estudantes universitários que sairiam a marchar", leu o secretário executivo da Mesa, Ramón Guillermo Aveledo. Ele também pediu investigações "objetivas e sem partidarismos" A MUD decretou luto oficial de três dias nas regiões governadas por políticos que compõem a base opositora.

As manifestações ocorreram ao longo de todo o dia de ontem. O governo Maduro fez uma série de atos cívicos e convocou partidários para celebrar o bicentenário. Do mesmo modo, os estudantes e opositores marcharam por liberdade de expressão, mudanças na economia e maior segurança. Houve confrontos entre manifestantes e também reação policial, conforme relatos de venezuelanos nas redes sociais e na impensa.

As emissoras privadas locais não transmitiram as imagens dos protestos e enfrentamentos, obedecendo a uma recomendação da Comissão Nacional de Telecomunicação (Conatel). Antes da confusão, o órgão alertou que as emissoras que transmitissem "cenas de violência" seriam punidas.

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