Domingo, 19 de outubro de 2014 - 09h24
O papa Paulo VI, que dirigiu a Igreja Católica de 1963 a 1978, e morreu em 1978, vai ser beatificado neste domingo (19), durante cerimônia presidida pelo papa Francisco, na Praça São Pedro. Sucessor de João XXIII, Paulo VI guiou a Igreja durante a implementação e conclusão do Concílio Vaticano II.
Convocado por João XXIII com o objetivo de modernizar a Igreja e atrair os cristãos afastados da religião, o Concílio Vaticano II introduziu mudanças em hábitos e rituais católicos. A missa, por exemplo, antes celebrada em latim, com o padre voltado para o altar e de costas para os fiéis, passou a ser rezada no idioma de cada país e com o sacerdote de frente para o público. Mulheres e homens leigos passaram a ajudar na celebração, o que não ocorria antes do concílio. O uso da batina pelos padres deixou de ser obrigatório.
Em outros temas, entretanto, não houve mudança. A Igreja manteve, por exemplo, sua posição contrária ao sexo antes do casamento e ao aborto, mesmo no caso de gravidez resultante de estupro. Também continuaram proibidos após o concílio o casamento e a prática de relações sexuais pelos padres.
A beatificação é o último passo antes da canonização. O processo de beatificação de Paulo VI tornou-se possível quando o Vaticano reconheceu um milagre atribuído a ele. Nos anos 90, no estado da Califórnia, Estados Unidos, uma mulher que enfrentava uma gravidez de risco foi aconselhada pelos médicos a abortar, mas preferiu levar a gestação até o fim. Por sugestão de uma freira, rezou para Paulo VI, e a criança, hoje um adulto, nasceu sem problemas.
Segundo o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, está prevista a participação do papa emérito Bento XVI na cerimônia, que também concluirá o Sínodo Extraordinário para a Família.
Em entrevista na sexta-feira (17), o cardeal Giovanni Battista Re, conterrâneo e ex-colaborador de Paulo VI, destacou que, além do papel fundamental no Concílio Vaticano II, o então papa foi o responsavel pela instituição do Sínodo dos Bispos. “Poucos souberam entender, como ele, as ansiedades, expectativas e aspirações dos homens e das mulheres de nosso tempo. Foi muito sensível aos desafios que a modernidade colocava à fé e nisto revelou-se um grande homem de diálogo”, disse Re.
Segundo ele, Paulo VI foi o primeiro Papa a viajar ao exterior e muito próximo dos pobres: vendeu sua tiara e doou o dinheiro obtido a Madre Teresa, que fazia um trabalho de assistência aos mais necessitados na Índia. Além disso, reformou profundamente a Cúria Romana, acrescentou o cardeal.
Também neste domingo, em Brescia, na Itália, terra natal de Paulo VI, cujo nome de batismo era Giovanni Montini, inicia-se o Ano Montiniano. A comemoração irá até 8 de dezembro do ano que vem.
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