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Exportadores não criam Opep do Gás, mas não a descartam no futuro


Agência O Globo DOHA - Os ministros da Energia dos principais exportadores de gás do mundo não criaram, durante sua reunião desta segunda-feira, em Doha (Catar), uma organização similar à Opep, como estavam planejando, mas não descartaram sua criação no futuro. Após duas sessões de trabalho a portas fechadas, o Foro de Países Exportadores de Gás (FPEG) concluiu sua sexta conferência com a criação de uma comissão que estudo como desenvolver as atividades desse organismo. Segundo o comunicado final, a comissão de alto nível será presidida pela Rússia, que sediará o próximo encontro do FPEG e terá como principal tarefa "estudar o progresso alcançado até agora na atuação do foro". "Essa comissão também irá elaborar um plano para o desenvolvimento das atividades do FPEG e definirá os mecanismos para sua evolução", acrescentou a nota. O ministro de Energia do Catar, xeque Abdala bin Hama al Atiya, explicou aos jornalistas, ao final da reunião, que tal comitê apresentará suas recomendações na Conferência do FPEG em 2008, na Rússia. Quanto ao pedido feito por alguns países, como o Irã e a Venezuela, para a criação de uma organização similar à Opep, Al Atiya reiterou que a comissão criada em Doha "estudará todas as idéias e todas as possibilidades". O comunicado final aponta que os ministros reunidos no Catar reiteraram a importância da cooperação entre os exportadores do gás natural para garantir a segurança dos fornecimentos e a estabilidade do mercado a favor dos interesses dos produtores e dos consumidores. Os ministros da Energia e Petróleo do Irã e da Venezuela, Sayed Kazem Hamaneh e Rafael Ramírez, respectivamente, fizeram pressão durante o encontro para que os sócios de seus países no FPEG aceitassem a fundação de um organismo que defenda os interesses dos exportadores de gás. Hamaneh deixou claro que, apesar da oposição dos consumidores, o Irã continuará tentando convencer os exportadores a favor da idéia de uma Opep do Gás, sugerida em janeiro passado pelo líder supremo iraniano, o aiatolá Alí Kamenei. Após reconhecer que será um processo lento, o ministro iraniano opinou que uma organização assim "servirá tanto aos exportadores como aos consumidores". Também considerou que a oposição da União Européia e dos Estados Unidos á proposta se deve a um mal-entendido da idéai que o presidente russo, Vladimir Putin, havia qualificado de interessante, embora tenha afirmado que não se trata de um cartel. Com esta mesma clareza, se expressou o ministro de Energia da Venezuela, ao pedir que os 15 países-membros do FPEG aumentem a coordenação de suas políticas, como primeiro passo para a fundação de um organismo similar à Opep. "Esperamos que a coordenação entre os membros do FPEG não se limite a aspectos técnicos, mas também inclua os políticos. Este passo é que abriria a porta para criar uma organização similar à Opep", disse Ramirez. A constituição de tal organismo foi questionada por vários países participantes do foro de Doha, como o egípcio Sameh Fahmi ou o indonésio Purnomo Yusgiantoro, que acreditam ser pouco viável a fundação de uma Opep do Gás. O FPEG, criado em 2001, é integrado pela Rússia, Irã, Argélia, Indonésia, Brunei, Venezuela, Malásia, Qatar, Omã, Trinidad e Tobago, Emiratos Árabes Unidos, Egito, Líbia, Bolívia e Nigéria, embora este último país não tenha comparecido à reunião de Doha. Esses países possuem 70% das reservas mundiais de gás e controlam mais de 40% do gás que é comercializado anualmente no mundo.

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