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Cooperativa do Haiti usa minifábrica brasileira de processamento de castanha de caju



Danilo Macedo
Agência Brasil
 

Brasília - Cooperativa do Haiti usa minifábrica de processamento de castanha de caju produzida e doada por brasileiros. Instalada neste mês, a fábrica foi desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e doada à cooperativa haitiana pelo governo federal.

De acordo com a estatal, o modelo propicia uma produção de baixo custo e possibilitará a inserção, ao mercado, de pequenos produtores que atualmente apenas fornecem a castanha in natura para as grandes indústrias.

A princípio, a processadora deve beneficiar 700 pessoas de Grande-Rivière-du-Nord, que fica 300 quilômetros ao norte da capital haitiana, Porto Príncipe. Entretanto, para o pesquisador Fábio Paiva, da Embrapa Agroindústria Tropical, que tem sede em Fortaleza, a ação brasileira pode servir de incentivo para outras ações no mesmo sentido. Ele esteve no Haiti entre os dias 6 e 19 de dezembro acompanhando a instalação dos equipamentos.

“Naquela região tem várias ONGs [organizações não-governamentais] com recursos, que podem adquirir novas minifábricas. Vemos esse projeto como uma unidade demonstrativa, para incentivar a produção. Esperamos que a iniciativa privada e o governo também se motivem e repliquem o modelo no país, que está precisando de ajuda”, afirmou Paiva.

O valor médio de uma planta como a que foi doada pelo governo brasileiro é de US$ 60 mil.

Segundo o pesquisador, atualmente, a castanha é beneficiada em condições higiênicas precárias. Mesmo assim, os haitianos conseguem um bom preço pelo produto, cerca de US$ 20 por quilo. Com a nova tecnologia, a castanha poderá ser ofertada com melhor qualidade. Os equipamentos apresentam índices de até 85% de amêndoas inteiras, enquanto no corte mecanizado das indústrias tradicionais a média é de 55%.

Paiva disse que a minifábrica também pode beneficiar banana, agregando mais valor a essa fruta, muito produzida no Haiti. Em relação à castanha in natura, a capacidade diária de processamento é de 500 quilos. Depois da instalação, 30 pessoas da comunidade foram treinadas para operar os esquipamentos.

O projeto de cooperação, chamado Transferência de Tecnologias em Sistemas de Produção e Processamento de Caju, é coordenado pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), pela Embaixada do Brasil no Haiti e pelo governo haitiano, por meio do Ministério da Agricultura, dos Recursos Naturais e do Desenvolvimento Rural, com recursos do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

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