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Colômbia dificulta entrada de capitais para conter queda do dólar


Agência O Globo SÃO PAULO - A moeda da Colômbia registrou ontem a maior desvalorização em um mês, num reflexo do início de novas regras que impuseram limite à entrada de capital estrangeiro, para conter a queda do dólar.De acordo com uma determinação do Banco Central, que passou a vigorar ontem, todas as empresas privadas e instituições do governo devem agora depositar na instituição 40% de empréstimos feitos no exterior. Os depósitos devem durar seis meses. Essa e outras medidas visam, segundo o governo, desencorajar a especulação, conter a inflação e evitar uma valorização ainda maior do peso. A expectativa é de que o peso vá se desvalorizar à medida que o Banco Central limite o capital especulativo vindo do exterior , disse Andrés Muñoz, operador de câmbio da Corporacion Financiera Colombiana, de Cali. A moeda teve uma desvalorização de 0,4%, chegando a 2,074 por dólar. Na sexta-feira, o peso registrou a maior cotação dos últimos sete anos. Desde o começo do ano, a moeda teve um ganho de 8% em relação ao dólar - o quarto maior desempenho entre 70 moedas monitoradas pela agência de notícias Bloomberg. Na semana passada, o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, havia pedido que as autoridades monetárias do BC que emitissem um sinal claro aos investidores de que a instituição quer interromper o fluxo de capital especulativo que contribui para a valorização do peso e consequentemente para a redução dos ganhos dos exportadores do país. Além das regras para empréstimo no exterior, o BC também implementou outras restrições: os bancos passaram a ter de manter pelo menos 27% do valor de depósitos feitos em contas correntes, 12,5% de contas-investimento e 5% de certificados de depósitos. O BC impôs ainda limite de 500% na alavancagem que instituições financeiras podem tentar por meio de investimentos em derivativos e outros instrumentos. As restrições forçarão empresas no país a reduzirem operações de empréstimo no exterior, diminuindo o fluxo de dólares na economia. Os bancos colombianos também têm sido fonte desse fluxo, já que tomam recursos no exterior e os emprestam a taxas mais elevadas para clientes domésticos. As novas regras foram anunciadas no domingo pelo presidente do BC, José Dario Uribe. O sentimento dos investidores estrangeiros provavelmente permanecerá inalterado porque as medidas adotadas agora para o controle de capitais são diferentes daquelas que o governo tentou implementar em dezembro de 2004, quando então se exigia a permanência do capital externo por um ano. Em junho do ano passado, no entanto, o governo se viu forçado a suspender a medida. A principal preocupação dos mercados não são os impactos no curto prazo, mas o que pode acontecer se o governo colombiano resolver adotar uma medida mais agressiva. (Valor Econômico, com agências internacionais)

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