Quinta-feira, 23 de outubro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Mundo - Internacional

Brasil diverge de Estados Unidos no G20 e diz não à taxação de bancos


 
Renata Giraldi
Agência Brasil

Toronto (Canadá) – Determinado a ampliar o espaço nas discussões econômicas mundiais, o Brasil assumirá hoje (27), no encerramento da reunião de cúpula do G20 (grupo que reúne os países mais ricos e alguns em desenvolvimento), opiniões divergentes das defendidas por Estados Unidos e União Europeia. Como os norte-americanos, o governo brasileiro prega que a crise econômica seja combatida com corte de gastos, desde que não se restrinjam as medidas de estímulo à retomada do crescimento. Ao contrário de Estados Unidos e Europa, o Brasil não quer a taxação dos bancos e espera a reformulação do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Representando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos debates, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, criticou ontem (26) duramente a possibilidade de os países ricos adotarem medidas que prejudiquem os emergentes, com restrições às relações comerciais. “Eu concordo em reduzir superávits, mas não aceito que os países tenham déficit em transações correntes”, disse ele.

Segundo o ministro, é possível consolidar o setor financeiro com corte de gastos públicos e adoção de políticas de estímulo ao consumo. De acordo com Mantega, o Brasil é “bastante assertivo” nesta defesa e não aceita recuos. “Em relação a este aspecto, os Estados Unidos estão numa posição semelhante a dos países emergentes”, disse.

Para o ministro, é fundamental ainda aprovar um calendário definindo prazos para a reforma do sistema financeiro internacional. De acordo com o governo brasileiro, há um desequilíbrio entre o que o Brasil representa e o poder de voto que tem no Fundo Monetário Internacional (FMI). Uma das alternativas é que a reforma no FMI siga o modelo adotado pelo Banco Mundial que, pelas novas regras, dá aos emergentes um aumento de 3,13 pontos percentuais no poder de voto, totalizando 47,19%.

No entanto, Mantega admitiu que a reforma em si deve demorar para ser executada. De acordo com o ministro, deve levar, pelo menos, dois anos até a conclusão das eventuais mudanças na regulação do sistema. Mas a disposição deve ser definida hoje e confirmada em novembro, em uma nova rodada de negociações.

Na declaração final que será divulgada hoje, o G20 deverá recomendar a taxação dos bancos, mas nenhum dos países do grupo é obrigado a seguir. O Brasil integra a ala dos países contrários à medida.

Mantega disse que a proposta não corresponde às necessidades brasileiras porque, anteriormente, já foram adotadas medidas neste sentido, como a Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). “Além disso, os bancos brasileiros não apresentaram problemas. Não cabe uma taxa única para o setor”, afirmou.

Gente de OpiniãoQuinta-feira, 23 de outubro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Panettone de Chocolate do Brasil é eleito o segundo melhor do mundo em competição internacional na Itália

Panettone de Chocolate do Brasil é eleito o segundo melhor do mundo em competição internacional na Itália

Liderado pelo padeiro cearense da Cheiro do Pão, Brunno Malheiros, o time Squadra Brasile 2025, composto também por Joze Nilson Diniz (SP), Matheus

Escritora Ana Paula Fanz lança livro na Frankfurter Buchmesse 2025

Escritora Ana Paula Fanz lança livro na Frankfurter Buchmesse 2025

A escritora brasileira Ana Paula Fanz, membro da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil, Coordenadoria Rondônia e Membro Correspondente In

 2ª chamada para Chamada Pública da Missão Internacional EXPOCRUZ & EXPOALIMENTARIA 2025 – Bolívia e Peru

2ª chamada para Chamada Pública da Missão Internacional EXPOCRUZ & EXPOALIMENTARIA 2025 – Bolívia e Peru

O Sebrae em Rondônia abre a 2ª chamada para Chamada Pública nº 001/URPVH/2025 para selecionar pequenos negócios rondonienses interessados em partici

Professor Cléber Maurício de Lima, Coordenador do Curso de Música e Chefe do Departamento de Artes, Realiza Missão Oficial na Bolívia ao Instituto Superior de Formação Artística Bellas Artes

Professor Cléber Maurício de Lima, Coordenador do Curso de Música e Chefe do Departamento de Artes, Realiza Missão Oficial na Bolívia ao Instituto Superior de Formação Artística Bellas Artes

Guayaramerín, Bolívia – O Professor Cléber Maurício de Lima, coordenador do Curso de Música da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), participou d

Gente de Opinião Quinta-feira, 23 de outubro de 2025 | Porto Velho (RO)