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Após ofensiva na Líbia, rebeldes retornam a Benghazi




BBC Brasil

Um dia antes, a cidade foi palco de combates. Tanques do governo haviam entrado em Benghazi e houve relatos de confrontos na região próxima da universidade local. Centenas de carros estavam deixando a cidade em direção à fronteira egípcia, mais ao leste.

A interrupção do avanço das forças do regime sobre Bengahzi é o primeiro grande resultado da ofensive militar francesa, britânica e americana contra o regime de Muamar Khadafi. A ação foi aprovada por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU.

Entretanto, rebeldes dizem que as forças de Khadafi ainda controlam a terceira maior cidade da Líbia, Misrata, a oeste de Benghazi, e que atiradores de elite haviam sido posicionados nos edifícios da cidade prontos para atirar em passantes.

Em Trípoli, estrondos de artilharia antiaérea deixaram os moradores em alerta, mas o repórter da BBC Allan Little, que está na cidade, disse não haver outros sinais de guerra na capital.

A TV estatal líbia disse que um bombardeio ocidental matou 48 civis e feriu cerca de 150 na periferia da cidade, mas as restrições impostas sobre os jornalistas no país tornam esta informação impossível de verificar de maneira independente.

No sábado à noite, Khadafi fez um pronunciamento na TV em que acusou as potências ocidentais de "colonialismo" e pediu ao povo que empunhe armas para defender a revolução que ele lidera.

"Esta agressão só torna o povo líbio mais forte e consolida sua vontade", disse o líder líbio.

Khadafi afirmou que o ataque poderia dar início a uma "nova cruzada" do ocidente no Oriente Médio e pediu a africanos, árabes, latino-americanos e asiáticos que apoiem o povo líbio contra o inimigo.

Contra os inimigos, disse, o regime abrirá "os depósitos de armas para defender a unidade, soberania e poder da Líbia".
 

Ataques por terra e ar

A ação militar na Líbia começou no fim da tarde do sábado, quando caças franceses Rafale atacaram tanques e veículos militares blindados das forças do governo.

Durante a madrugada, mais de cem mísseis foram disparados a partir de navios de guerra americanos e britânicos. A aviação da Grã-Bretanha também informou estar participando da ação aérea ao lado da França.

Um jornalista da agência Reuters informou que foram encontrados pelo menos 14 corpos de soldados pró-Khadafi e dezenas de veículos militares queimados na estrada que leva para a Benghazi.

As forças ocidentais estão analisando imagens feitas por satélite para avaliar o estrago causado pelos ataques do sábado.

Em entrevista ao canal de TV France 2, o ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, declarou que "os ataques vão continuar nos próximos dias, até que o regime líbio cesse a violência contra sua população".

Ele disse que o objetivo da coalizão internacional "é permitir ao povo líbio escolher o seu regime", mas descartou uma intervenção militar terrestre, de acordo com os termos da resolução da ONU.

Em visita oficial ao Brasil, o presidente Obama disse no sábado que os Estados Unidos participariam de forma "limitada" na ação militar, mas ressaltou que não seria "negligente quando um tirano diz a seu povo que não haverá misericórdia".

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, qualificou a ação militar de "necessária, legal e correta".

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que lamenta a decisão das potências ocidentais de realizarem uma ação militar na Líbia.

O governo russo também pediu por um cessar-fogo na Líbia assim que possível.

Resolução

A resolução 1.973, aprovada na última quinta-feira pelo Conselho de Segurança da ONU, estabelece uma zona de exclusão aérea na Líbia para proteger os civis de bombardeios.

A medida autoriza os Estados membros a tomar "todas as medidas necessárias" para proteger os civis dos ataques, excluindo a possibilidade de envio de forças de ocupação estrangeiras.

Khadafi diz que a resolução é "inválida". Após a aprovação da medida, o governo líbio anunciou um cessar-fogo, mas no sábado os combates continuaram em Benghazi.

Muamar Khadafi, que está no poder há 40 anos, enfrenta o pior levante da oposição na Líbia.

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