Domingo, 5 de fevereiro de 2012 - 07h02
Foi apresentado na última sexta-feira, na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, o simpósio internacional "Rumo à Cura e à Renovação", que se realizará de 6 a 9 de fevereiro nessa mesma universidade.
Trata-se de uma iniciativa dirigida a bispos e superiores de congregações religiosas, organizado com a finalidade de permitir à Igreja dar uma resposta global aos abusos sexuais contra menores.
E a Igreja no Brasil, como lida com este problema? A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, acaba de elaborar um documento para o episcopado brasileiro, dando orientações sobre como proceder diante de denúncias de abusos.
Sobre este documento, que ainda não foi aprovado pela Santa Sé, vamos ouvir o Assessor de Direito Canônico da CNBB e pároco da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Belo Horizonte, o Frei carmelita Evaldo Xavier Gomes. Ele é o representante da CNBB neste simpósio internacional e fala em especial da preocupação pelas vítimas de abuso:
"Existe a preocupação com as vítimas, claro. A Igreja não é uma instituição constituída somente de clérigos. As vítimas são parte da Igreja, são membros do corpo de Cristo, são membros da Igreja Católica no Brasil. E a gente não pode dizer: 'não, nós defendemos aqueles que são membros do clero e nos esquecemos dos outros como se fossem cidadãos de segunda categoria'. Jamais. Ninguém é de segunda categoria aos olhos da Igreja, aos olhos do Santo Padre, aos olhos do episcopado, todos são tratados com devido respeito. As vítimas talvez mereçam mais atenção do que qualquer outro, porque são vítimas inocentes, totalmente inocentes. Vítimas da maldade, vítimas de um desvio, de pessoas que deveriam protegê-las ou instrui-las. Portanto, essas vítimas é que devem ser objeto da nossa proteção e da nossa atenção. Uma novidade na política da Igreja, que é novidade mas não é novidade, eu digo porque antes alguém poderia colocar em dúvida, agora é claro: a Igreja colabora com a autoridade pública. Existindo uma denúncia de violência sexual, a autoridade eclesiástica é obrigada a colaborar, porque se não colabora ela acoberta ou defende ou preserva aquela situação ilícita ou de delito. A Igreja tem a obrigação de colaborar com a autoridade pública e não de ocultar informações, muito menos desviar informações. Ou seja, a Igreja se coloca a favor da vítima, a favor do resgate da vítima e a favor também de que essa ferida, esse mal seja curado. É importante diagnosticar, é importante reconhecer. É importante dizer: 'existe o problema e o problema deve ser resolvido e deve ser enfrentado'. Isso é bom para todos, para a Igreja, para as crianças, para as mães, para as famílias, para a vida católica, para o sacerdote que talvez tenha essa tendência, esse desvio, que deve ser ajudado também, deve ser objeto de cura, de atenção, seja espiritual, seja psicológica, e deve responder perante a sociedade pelos seus desvios, por aquilo que fez." (BF/CM)
Fonte: rádio Vaticano
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