Sábado, 30 de novembro de 2013 - 12h03
Reflexões e experiências de como aproveitar de forma estratégica os recursos naturais - especialmente os hídricos- foram os destaques do Seminário de Tecnologias para o Desenvolvimento Sustentável, realizado na última quinta-feira (28), como parte da programação da sétima edição da Feira Internacional da Amazônia (FIAM). Inovações como equipamentos que transformam água contaminada em potável e que tratam e tornam limpa a água misturada com óleo foram apresentados para um grupo de 87 inscritos.
A abertura do seminário foi feita pelo secretário de Estado de Planejamento do Amazonas, Airton Claudino, que defendeu a tese de que a Zona Franca de Manaus (ZFM) é um perfeito exemplo de desenvolvimento sustentável. “Ela (a ZFM) preenche os principais conceitos de sustentabilidade: é socialmente inclusiva, ambientalmente adequada e economicamente viável”, detalhou, ressaltando os resultados socioeconômicos e ambientais do Polo Industrial de Manaus (PIM). Claudino também agradeceu o fato dos cientistas e empresários norte-americanos viajarem a Manaus para participar da FIAM em plena época do “Thanks Giving Day” (Dia de Ação de Graças), um dos principais e mais significativo feriado dos Estados Unidos.
Água
A palestra seguinte, “Água para a sustentabilidade do planeta”, foi ministrada pelo secretário de Mineração, Daniel Nava. O secretário apresentou números para demonstrar a essencialidade do gerenciamento dos recursos hídricos, frisando a escassez e a indisponibilidade da água tratada e potável. “Apenas 0,3% da água disponível do mundo é doce. Cerca de 50 milhões de brasileiros, ou 25% da população, não têm acesso à água potável”, sublinhou. Nava explanou ainda dados sobre a relação do ciclo das águas com o Amazonas, Estado que detém ‘20% de toda água doce do Planeta’. “No Amazonas há dois governos. Leva-se, por exemplo, 35 dias de barco para transportar combustível de Manaus a Ipixuna. Mas, ainda que o Executivo queira, tudo depende do humor das águas”, disse, detalhando os efeitos das secas e enchentes históricas na região.
Com respeito à disponibilidade da água, Nava avalia que há uma verdadeira “guerra mundial silenciosa”. Um contingente de 30 milhões de pessoas já morreu por falta de acesso à água limpa, mesmo número de mortos na Segunda Guerra Mundial.
Soluções
A palestra do fundador da Acqua Access, Rodney Herrington, “Água potável: implantação de tecnologia pronta”, foi uma das que mais despertou o interesse do público. Herrington apresentou e detalhou o funcionamento de equipamentos - baseadas em tecnologias como “nanofiltração”, osmose reversa e purificação eletrolítica – para tratamento de água. Alguns aparelhos são idealizados para estações de tratamento e processo industrial e com capacidade para tratar até 44 milhões de litros cúbicos, mas muitos deles também são portáteis, como o de geração de cloro, a partir de água, sal e um gerador eletrolítico.
Em seguida, o presidente da Altela, o empresário Ned Godshall, ministrou a palestra “Purificação de água produzida a partir de plataformas de petróleo e gás”, na qual falou sobre o desenvolvimento de um sistema idealizado para limpar a água contaminada com óleo. Ele explicou que a energia usada para evaporar a água e separá-la das impurezas é aproveitada também na condensação. Com isto, o consumo de energia é bem menor do que em outros sistemas de despoluição.
Fechando o ciclo de palestras do evento também participaram os professores da Universidade do Novo México Suleiman Kassicieh e Raul Gouvea, além de Ray Finley.
Fonte: Enock Nascimento
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