Sexta-feira, 19 de agosto de 2011 - 18h31
Kadijah Suleiman
Embrapa - Rondônia
Em plena época de estiagem, com aproximadamente quatro meses sem chuvas em Rondônia, sendo o período mais crítico de junho a setembro, a quantidade e a qualidade da forragem das pastagens são limitadas devido ao menor crescimento do capim, o que reduz o valor nutricional do mesmo. Por isso, é fundamental que os produtores rurais planejem, com antecedência, as técnicas de suplementação animal para não serem surpreendidos neste período, no qual é menor o desempenho de animais mantidos em pastagens.
Os principais prejuízos são causados pela diminuição do crescimento e perda de peso dos animais, diminuição da produção de leite e na taxa de fertilidade, elevação da taxa de mortalidade e maior predisposição a doenças.
A suplementação alimentar, durante a estiagem, é essencial para atenuar esses problemas e proporcionar ao animal uma alimentação adequada. Segundo o pesquisador da Embrapa Rondônia (Porto Velho), Claudio Ramalho Townsend, entre as alternativas práticas e economicamente viáveis para alimentar o rebanho no período de escassez de forragem estão: utilização de cana-de-açúcar e uréia; capineiras; bancos de proteína; diferimento de pastagens e silagem.
A mistura cana-de-açúcar e uréia é um suplemento alimentar para o gado bovino, que serve como fonte de energia. A pesquisadora da Embrapa Rondônia, Ana Karina Salman, explica que a adição da uréia à cana é indicada para corrigir o baixo teor de proteína do vegetal. “O uso dessa suplementação requer alguns cuidados como, por exemplo, a utilização da uréia somente nos níveis recomendados e a adaptação dos animais à dieta”, acrescenta.
Devido ao fácil cultivo, à elevada produção de forragem, ao bom valor nutritivo, à resistência a pragas e doenças, além da boa palatabilidade, o capim-elefante tem sido a forrageira mais usada para a formação de capineiras em Rondônia.
De acordo com Claudio Townsend, o plantio da capineira deve ser realizado no início do período chuvoso. Apesar de fornecer altas produções de forragem durante a seca, o maior rendimento da capineira ocorre na época das chuvas, quando normalmente as pastagens apresentam alta disponibilidade de forragem. “No entanto, se a capineira não for manejada no período chuvoso, a gramínea perde seu valor nutritivo apresentando muita fibra e pouca proteína”, esclarece.
A utilização de leguminosas forrageiras é uma alternativa para assegurar um bom padrão alimentar dos animais, especialmente no período seco, porque em comparação às gramíneas, contêm muita proteína e apresentam facilidade de digestão.
Além disso, pela capacidade de fixação do nitrogênio da atmosfera, incorporam quantidades consideráveis deste nutriente, contribuindo para a melhoria da fertilidade do solo. As leguminosas podem ser plantadas em piquetes exclusivos denominados bancos de proteína.
O uso do diferimento é uma alternativa para corrigir a defasagem da produção de forragem durante o ano, pois permite a reserva do excesso de forragem, produzida no período chuvoso, para ser usada na época de estiagem como “feno em pé”.
O diferimento consiste em suspender a utilização da pastagem entre meados e o fim do período chuvoso para favorecer o acúmulo de forragem a ser utilizada durante a época seca. “A utilização deve ser bem planejada para que esta área não seja vulnerável a focos de incêndio”, orienta Townsend.
Outra alternativa recomendada para enfrentar a estiagem é a produção de silagem que apresenta mais independência em relação às condições climáticas, resultando em menores perdas e na possibilidade de mecanização de todo o processo, incluindo cultivo, colheita, transporte, ensilagem, remoção e distribuição da silagem.
O milho e o sorgo, pela facilidade de cultivo, elevados rendimentos e, principalmente pela qualidade da forragem, são as espécies mais apropriadas à produção de silagem.
Mais informações sobre as práticas de suplementação animal podem ser obtidas em publicações disponíveis no endereço eletrônico da Embrapa Rondônia através do link: www.cpafro.embrapa.br/portal/publicacoes, ou pelo telefone da Biblioteca da Empresa que é o (69) 3901-2522.
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