Quinta-feira, 2 de julho de 2009 - 07h37
Sobre o projeto do deputado federal Homero Pereira (PR), pedindo que se retire do governo federal a prerrogativa de demarcar terras indígenas
Em entrevista exclusiva à revista Sina, o mineiro Mário Lúcio Avelar, 43 anos, é uma das figuras mais polêmicas do Ministério Público Federal (MPF). Por onde passou deixou um lastro de inimigos poderosos, mas não se intimida. Hoje tem atuado especificamente na questão ambiental, onde segundo ele o desmatamento, com a expansão da agricultura, pecuária, extração de madeira e a atividade mineral é um dos principais problemas. Os grandes empreendimentos de obras de infraestrutura como estradas, rodovias, hidrelétricas, hidrovias também ajudam a degradação do meio ambiente.
“Mato Grosso responde por aproximadamente 50% do desmatamento da Amazônia Legal. É uma das maiores áreas de devastação do mundo. De tudo que se desmata na Amazônia quase metade é em Mato Grosso”, diz o procurador.
Para o procurador, a ausência de estudos adequados, fez com que o MPF intervisse no complexo Juruena, onde há várias hidrelétricas sequenciadas na bacia do rio que é muito importante porque é o berço e a referência cultural de vários povos, uma violência aos direitos dos indígenas.
Entre outras questões, Avelar fala sobre a “Operação Terra Fria” e BR 158. Quanto ao Zoneamento Socioeconômico e Ecológico (ZSEE/MT) e o MT Legal, disse que o MPF vai acompanhar assim que forem aprovadas, verificando a pertinência delas com a Constituição. Sobre o projeto de lei do deputado federal Homero Pereira (PR) que tramita no Congresso, pedindo que se retire do governo federal a prerrogativa de demarcar terras indígenas, o Mário Lúcio foi enfático: “Isso é um retrocesso de 100 anos, porque a verdade é que a bancada ruralista, se ela puder planta soja, algodão e cria boi em todas as áreas, até nos rios do Brasil”.
A revista Sina, edição nº 26, conta ainda com textos de Montezuma Cruz, Amauri Lobo, Marina Silva, João Carlos Gomes, Comadre Creonice, Luiz Mendes Junior e Carlos Gomes de Carvalho, além da charge do Brás. Imperdível!
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