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Meio Ambiente

SÍLVIO PERSIVO - SAUDADES DO MATÃO


NEM SEMPRE O NOVO É BOM
O Carlos Sperança, editor do Gente de Opinião (http://www.gentedeopiniao.com.br) e da Revista Momento, que é um dos grandes nomes do jornalismo de Rondônia, escreveu para a Agência Amazônia (http://www.agenciaamazonia.com.br) uma bela reportagem sobre a abertura da estrada da Linha Nova Aliança ao distrito de São Carlos, no Baixo Madeira, do qual já foi feita mais da metade (13 kms dos 25 quilômetros) que interligarão via terrestre, à população de Nova Aliança, Aliança, Cujubim, Cujubim Grande, Porto Chuelo, entre outras localidades ao longo da Rodovia 28 de Novembro (Estrada da Penal) à Porto Velho, numa extensão de 100 quilômetros.
Segundo consta os últimos 25 quilômetros da estrada de acesso à localidade já foram abertos pelas equipes do Departamento de Estradas de Rodagem e Transportes e serão encascalhados nos próximos dias. Na reportagem, com fotos do Chico Lemos, mostrou que o avanço na estrada poupou centenárias samaúmas (Ceiba pentandra), árvore da família Bombacaceae que podem alcançar 40 metros de altura. São arvores, realmente, de dimensões fantásticas que devem se tornar uma das grandes atrações do que está sendo chamada de Estrada da Integração, ligando Porto Velho, capital de Rondônia, ao bucólico Distrito de São Carlos, que antes somente possuía acesso por rio.
A samaúma é uma árvore portentosa. A rainha da floresta. Também possui propriedades medicinais e sua seiva tem sido empregada contra a conjuntivite. É conhecida por barriguda, samaumeira, mãe-da-floresta, paineira e Princesa da Floresta sendo das mais altas da Amazônia, junto com a castanheira. De tronco grosso, tem espinhos nas galhadas. Suas raízes tubulares, as sapopemas, permitem o crescimento nas florestas de várzea. Sperança registra que as samaúmas podem ser vistas ao longo do trecho da estrada que liga e louva o fato das árvores da região serem preservadas pelo Governo de Rondônia.

Progresso é progresso e a estrada gera progresso. Tudo bem. Agora, com certeza, o Baixo Madeira nunca mais será o mesmo. E, se me permitem o saudosismo e a contradição, São Carlos, com estrada, nunca mais será a mesma coisa. Talvez, sejam os anos ou a desilusão com os homens, mas, por alguma razão pouco lógica, já estou com saudade do tempo em que só se alcançava São Carlos de barco.  CLIQUE E LEIA O JORNAL DIZ PERSIVO

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