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RIO MADEIRA: Possibilidade de cheia severa já preocupa órgãos públicos



A intensificação das chuvas em Rondônia e na Bolívia (país onde está a maior parte da bacia que forma o rio Madeira) em outubro chamou a atenção dos especialistas em hidrologia, que retomaram essa semana a sala de situação para acompanhamento da cheia do rio, para o período 2009/2010, no Centro Regional do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam).

“O rio Madeira vinha se mantendo acima da média na época da vazante e, além disso, nosso boletim climático prevê chuvas acima da média para essa região, então achamos interessante que o grupo retomasse o acompanhamento esse mês”, explica Ana Cristina Strava, coordenadora de operações do Sipam. Segundo a Divisão de Meteorologia do Sipam, um El Niño até então fraco já influencia o aumento das chuvas na região, situação que poderá se intensificar se a temperatura no pacífico aumentar de um a dois graus. Por enquanto, até os próximos 15 dias, já é possível assegurar que irá chover mais do que o normal.

Somado às chuvas, o fato de que o rio baixou pouco na época de seca sugere uma cheia acima dos 16.5 metros em 2010. Segundo os dados do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), até agora, a menor régua registrada foi 4.10 metros, em 27 de setembro, bem acima do 1.63 metro registrado em 2005, quando se deu a pior seca no rio Madeira. “O comportamento do rio está similar a 1985, sendo que em 1986 tivemos uma grande cheia. Por isso, a situação requer atenção”, disse Júlio Kunzler, da CPRM.

Monitoramento mensal 

A partir de agora, reuniões mensais buscarão antecipar qualitativamente os níveis de cheia para o período de chuvas na bacia do Alto rio Madeira, permitindo o planejamento dos órgãos responsáveis. Outra sala de situação na Agência Nacional de Águas (ANA) também fará o acompanhamento e a emissão de alertas, informes que serão oferecidos gratuitamente por meio da página da Agência na internet, a partir de 2010.

A próxima reunião está prevista para 19 de novembro, com participação do Sipam, CPRM, Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (SEDAM), Universidade Federal de Rondônia (Unir), Defesas Civis, Companhia de Águas e Esgoto de Rondônia (CAERD), Santo Antônio Energia (UHE Santo Antônio), Energia Sustentável do Brasil (UHE Jirau) e Marinha do Brasil.

Fonte: Vanessa Ibrahim

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