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Revista Science: Mudanças climáticas aumentará fome


Revista Science mostra que mudanças climáticas aumentará fome no mundo

Em artigo publicado na Revista Science do mês de fevereiro, mostrou que as mudanças climáticas poderão, já nas próximas duas décadas, causar danos profundos sobre a agricultura e o sistema de alimentação, atingindo especialmente os países mais pobres.

De acordo com o autor do estudo David Lobell, do Instituto Woods para o Meio Ambiente, o aumento das temperaturas e o declínio das precipitações nas regiões semi-áridas vão reduzir os rendimentos do milho, trigo, arroz e outras culturas primárias, o que pode gerar um impacto substancial na segurança alimentar global.

Ainda segundo o estudo, as chuvas serão reduzidas, em virtude do aquecimento do Oceano Índico e o agravamento do fenômeno El Niño que reduzirão as temporadas de chuva nas Américas, África e Ásia, onde comunidades já têm sofrido, desde 1990, com o aumento dos preços das commodities (produtos primários negociados em bolsas de mercadorias) e o declínio da área per capita cultivada .

Os cientistas garantem já ser possível projetar uma situação de insegurança alimentar consolidada. "Muitos fazendeiros consomem seus próprios produtos e vendem nos mercados locais. Expostos às variações climáticas, produzem menos, a renda diminui e aumentam os custos de manutenção do consumo básico. A fome em larga escala pode acontecer mesmo se houver comida nos mercados, importada de outros lugares", explicam no estudo.

Diante de um cenário preocupante, o deputado Eduardo Valverde (PT/RO), apresentou na Câmara um projeto de lei que cria o Fundo Nacional de Mudanças Climáticas e o Plano Nacional de Mudanças Climáticas. Pela proposta, os fundos serão mantidos a partir dos recursos da extração do petróleo.

De acordo com Valverde, a lei 9478/97 já prevê a participação sobre a receita bruta da produção de petróleo e gás, porém a sua utilização sofre restrição, não podendo ser utilizada na questão climática.

Com a proposição, ficam estabelecidos, a destinação de 10% ao Ministério do Meio Ambiente (MMA)para pesquisas relacionadas às fragilidades ambientais ligadas à extração e manuseio do petróleo e 20% ao Ministério de Minas e Energia, para o financiamento de estudos e serviços de geologia e geofísica aplicados à prospecção de petróleo e gás natural.

Para o parlamentar petista, a arrecadação de cerca de R$1 bilhão ao ano pelo MMA pode ser melhor aproveitada, e, seu projeto vem justamente abranger a utilização desse valor, destinando parcelas ao estudo e desenvolvimento de ações que levem a utilização de fontes limpas de energia e de adaptação e de estudos que combata as emissões de poluentes.

" Dados da ONU apontam que o Brasil se encontra entre os cinco países que mais contribui para as emissões de gases que geram o efeito estufa, e nossa concorrência se dá através das queimadas que ocorrem rotineiramente na Amazônia e centro-oeste brasileiro. A idéia do projeto, é buscar antídoto a esse veneno, e a partir dos recursos da extração do petróleo, grande vilão do efeito estufa, fomentar o Fundo de Mudanças Climáticas", ressaltou.

Fonte: Leila Brito

 

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