Sexta-feira, 25 de maio de 2007 - 11h01
O reconhecimento das populações tradicionais como beneficiárias da Reforma Agrária tem mudado vidas em Rondônia. É o caso das famílias de seringueiros da região do Rio Novo, em Guajará-Mirim, que ganharam acesso aos programas do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) com a criação da Reserva Extrativista (Resex) Barreiro das Antas, em 2001. "O Incra deu muito direito para nós", diz João Ferreira Lopes, seringueiro há 40 anos e morador da Resex.
Com a criação da reserva, além de terem seu lar conservado, os seringueiros receberam do Incra benefícios que possibilitaram a vivência digna de seus filhos. Foram R$ 7,4 mil em créditos para cada família construir ou reformar sua casa e mais de R$ 69 mil, do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), para compra de equipamentos e abertura de estradas de seringa.
O resultado dos investimentos está na ponta da língua do morador. "Melhorou bastante a vida, principalmente com o dinheiro que peguei agora. Na cidade não é bom, aqui já tô acostumado", diz Sebastião Jacome Lopes.
Proteção é sustento
"Vamos preservar nossa reserva em flor. Vamos preservar nossa reserva com muito amor". Os versos de Rosanilde Ferreira de Melo, moradora do Barreiro das Antas, mostram que o respeito aos recursos naturais faz parte do dia-a-dia dessas famílias, afinal, precisam da floresta em pé para se sustentar. Como fiscais, os moradores zelam pela natureza. "Cuidamos para não entrar nenhum destruidor e se chega alguém novo, primeiro tem que ser aceito pela Associação", explica José Maria Jacome Lopes, líder comunitário.
Mas não é de agora que o seringueiro tem essa relação hamoniosa com a natureza. "Todas as reservas extrativistas nasceram da luta dos seringueiros, é por isso que cada um tem seu lugar hoje", revela José Maria dos Santos, ex-seringalista, hoje funcionário do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Foi pelo desejo de ter suas "colocações" preservadas por lei que o movimento de Chico Mendes impulsionou a criação da primeira reserva extrativista, em Xapuri, no Acre. Hoje, a exemplo das outras trinta reservas federais, os moradores do Barreiro das Antas dão uma verdadeira lição ambiental, aprendida na vida. "Isso é nosso, meu irmão, nós temos que preservar", conclui a poeta Rosanilde.
Fonte: Vanessa Ibrahim
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