Terça-feira, 12 de julho de 2016 - 18h01
Representante do MMA, José Carlos Oliveira da Costa (E), o ministro Sarney Filho (ao centro) e o presidente do ICMBio, Rômulo Mello (D), na assinatura de parceria em defesa da ararinha-azul
Parceria assinada hoje (12) entre o Ministério do Meio Ambiente e instituições internacionais prevê o investimento de R$ 5 milhões para construção do Centro de Reintrodução e Reprodução da Ararinha-Azul na Caatinga. A previsão da pasta é que a espécie, considerada em extinção, possa retornar a seu habitat natural a partir de 2019.
O centro será construído na Fazenda Concórdia, município de Curaçá, na Bahia, às margens do riacho Melancia, uma área cercada de 2.380 hectares, pertencente a uma das instituições parceiras, Lubara Breending Cener – Al Wabra (AWWP), do Catar.
A instalação permitirá a ampliação do manejo da espécie em cativeiro e a devolução da espécie ao habitat. Na última avaliação publicada pelo ministério, a área onde será construído o centro foi escolhida como de extrema importância para a conservação e é prioridade de criação no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Recuperação
“Esse país cresce de maneira significativa hoje, quando a gente, de forma prática, para de falar e simplesmente relatar à sociedade sobre espécies e parte para uma ação conjunta entre nós e atores internacionais para um processo objetivo e pragmático de recuperação de uma espécie da natureza. A expectativa é que, em 2019, possamos ter de volta esses animais à natureza. Nada é maior do que isso, do ponto de vista de recuperação de uma espécie”, afirmou o presidente do ICMBio, Rômulo Mello.
Segundo o ministério, o recente crescimento populacional da ararinha azul em cativeiro permite o avanço para reintrodução da espécie na natureza.
“Há mais de 15 anos a caatinga sofre com a falta das ararinhas. Sabemos que todas as espécies, desde as mais exuberantes às mais singelas, são fundamentais para o equilíbrio dos ecossistemas. A dedicação de tantas pessoas de diferentes origens para chegarmos até aqui simboliza a compreensão de nossa responsabilidade comum”, disse o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, durante a solenidade de assinatura da parceria.
Criadouro
O ministro defendeu a existência dos criadouros para preservação ambiental. “Outra questão ainda vista de forma preconceituosa é a importância dos criatórios para proteção das espécies ameaçadas. Os criatórios que participam desse trabalho estão salvando as ararinhas-azuis. Temos de aprender com as experiências que já ocorreram no Brasil e multiplicá-las em nossos vivos vermelhos, que indicam a fauna e a flora em situação de risco e que estão cada vez mais volumosos”, ressaltou.
Além da AWPP, o projeto conta com a parceria de mais três instituições internacionais: Associação para Conservação de Papagaios em Extinção (ACTP), da Alemanha, Parrots International (PI), dos Estados Unidos, e a Jurong Bird Park, de Singapura. No Brasil, tem o apoio do ICMBio e da Fazenda Cachoeira.
A ararinha-azul, considerada extinta desde 2000, é uma espécie nativa da caatinga brasileira. Os animais existentes no mundo estão em criadouros particulares. Atualmente, 120 animais estão distribuídos em instituições particulares do Catar, Alemanha e Brasil.
Especialistas que integram o Grupo de Assessor do Plano de Ação Nacional para Conservação da Ararinha-Azul (PAN Ararinha-Azul) ressaltam a importância do “manejo das ameaças”, ou seja, ações como a redução dos perigos do tráfico ilegal de animais silvestres e o risco de uso do solo por mineradores.
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