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Meio Ambiente

Prefeitura usa Metareciclagem para o lixo eletrônico


Hoje a Metareciclagem é o meio mais seguro e consciente de reciclar o lixo eletrônico. É uma idéia nova sobre a reapropriação de tecnologia objetivando a transformação social. Através dela está sendo possível dar um novo destino a peças que não teriam um fim adequado, acabando lançado no meio ambiente. O novo conceito permite recuperar equipamentos tecnológicos em desuso e reaproveitar estes materiais, a exemplo de máquinas, televisores e computadores incentivando o processo de conscientização ambiental e a promoção da inclusão sócio digital em comunidades carentes.

Este último já está em andamento em Porto Velho, com a inclusão social de jovens da zona Leste, por meio da prefeitura, através da Casa da Juventude. Segundo o coordenador de Políticas Públicas para a Juventude, Jonatan Ramos, o Figa, responsável pela Casa, o projeto de Metareciclagem desenvolvido vem contribuindo no processo de aprendizagem e valorização da criatividade e das habilidades de jovens em vulnerabilidade social. “Começamos o projeto com o objetivo de oferecer aos jovens atendidos pela Casa, uma oportunidade de conhecer a tecnologia, a aprender a manusear um computador e demais ferramentas tecnológicas voltadas à inclusão social”, destacou.

Jonatan fala ainda do desenvolvimento do projeto que iniciou tímido, mas que já é referência na cidade. “Aos poucos fomos ampliando o projeto e também incluindo novas possibilidades. Fechamos parcerias e através de doações de colaboradores e até mesmo empresas privadas, passamos a utilizar os alunos do curso de manutenção de computadores, para a reforma de aparelhos que já não tinham tanta utilidade. Ao colocar as máquinas em funcionamento oportunizamos que mais jovens tivessem acesso ao conhecimento”, relatou.

O coordenador municipal disse ainda que os alunos não pararam por aí. Ao reformar os computadores, outra turma teve a idéia de “estilizar” as máquinas. Isto chamou a atenção de outros colaboradores que perceberam o trabalho sério que estávamos realizando. Hoje já queremos montar um novo espaço para ampliar este trabalho de Metareciclagem e garantir que mais jovens tenham acesso ao mundo digital, e ainda contribuir com o Meio Ambiente, resgatando estes aparelhos que só resultam em lixo eletrônico, se não recuperado pelo menos destinando-os, a um fim apropriado”, disse Figa.

Inclusão de famílias carentes

O município pretende inserir o projeto da Casa no programa de inclusão digital implantado na gestão do prefeito Roberto Sobrinho. “Hoje já existem sinais de internet gratuita nas praças e espaços públicos, e em algumas regiões da cidade com acesso através do IPTU. O objetivo da prefeitura é com a reciclagem dos computadores permitir que famílias carentes possam ter um computador. Aqueles que conseguirmos reformar e tiverem em condição de uso vamos fazer a doação, principalmente para os alunos assistidos pela Casa que em sua maioria não tem”, disse Figa.

Jacson Pessoa informou que primeiro será feito um diagnóstico nas máquinas doadas para saber as condições de reaproveitamento. “Os computadores recuperados serão doados para famílias carentes e também aos próprios alunos da Casa da Juventude, pois grande parte deles não tem o equipamento em casa”, completou. Disse, ainda, que na medida em que for ampliando a quantidade de micros recondicionados, o Município terá condições de atender entidades sociais e formar telecentros acessíveis aos jovens e adolescentes em diversos setores da Capital e até nos distritos.

Lixo Eletrônico

O aumento na geração de resíduos sólidos tem várias conseqüências negativas: custos cada vez mais altos para coleta e tratamento do lixo; dificuldade para encontrar áreas disponíveis para sua disposição final; grande desperdício de matérias primas. A partir da década de 1980, um novo tipo de componente, quando descartado inadequadamente, tornou-se prejudicial ao meio ambiente: o lixo eletrônico. São computadores, telefones celulares, televisores e outros tantos aparelhos e componentes que, por falta de destino apropriado, são incinerados, depositados em aterros sanitários ou até mesmo em lixões. Além de ocupar muito espaço, peças e componentes de microcomputadores feitos de metais pesados apresentam toxicidade para a saúde humana. O chumbo dos tubos de imagem, o cádmio das placas e circuitos impressos e semicondutores, o mercúrio das baterias, o cromo dos anticorrosivos do aço e o plástico dos gabinetes são ameaças concretas que requerem soluções em curto prazo.

A reciclagem e a Metareciclagem são duas formas de tratar esses resíduos; a outra é a substituição de metais pesados por outros componentes menos tóxicos. Se prevalecer o princípio do “poluidor pagador”, a tendência apontada pela Política Nacional dos Resíduos Sólidos, que está em discussão, é a de que os fabricantes sejam corresponsabilizados pelos equipamentos descartados e sejam incumbidos de lhes dar um fim ambientalmente seguro.

Fonte: Meiry Santos/MMA
 

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